O Jacintinho é um divisor de águas entre o antes e o depois do Ronda no Bairro. Primeiro território a receber o programa na capital alagoana, o bairro era apontado como um dos grandes gargalos da segurança pública, com alto índice de violência. Com a chegada do programa, há cinco anos, a situação é outra.

A população aprovou e, não à toa, logradouros públicos têm sido frequentemente ocupados por crianças, moradores, comerciantes e feirantes, que compartilham as atividades promovidas nesses espaços. O reflexo da diminuição dos crimes é visto no rosto dos populares, das crianças e dos comerciantes, que, antes da chegada do programa, fechavam os estabelecimentos mais cedo com receio da violência.

Atualmente, no Jacintinho, é possível constatar o vínculo de amizade e confiança que os populares criaram com os policiais do Ronda no Bairro. Há 28 anos, a comerciante Aimê Agra vende produtos para animais na principal via do bairro. “Antes, os assaltos eram frequentes, principalmente, nos horários de picos aqui no ponto de ônibus em frente ao meu estabelecimento. Eu mesma fui assaltada três vezes. Depois do Ronda, isso acabou, graças a Deus!”, atesta Aimê.

O comerciante Valdir Cardoso é um dos muitos empreendedores do Jacintinho que também aprovaram o Ronda no Bairro. Dono do Churrasco São José, nas proximidades da Praça do Mirante, ele conta que já viveu momentos de pavor por causa da criminalidade. Hoje, sentindo-se mais seguro, fecha seu estabelecimento às 21h. “Tenho este estabelecimento há quatro anos e meio. Antes de toda essa atividade policial aqui na região, costumava fechar o churrasco por volta das 16h30”, contou.