Conselho Estadual de Economia Solidária conta com representantes do Estado e, também, da Sociedade Civil
José Arnaldo
José Arnaldo
Os
membros do Conselho Estadual de Economia Solidária (CEES) escolheram, na quarta-feira
(16), a composição da nova mesa diretora. Em reunião ordinária realizada no
Palácio República dos Palmares, os conselheiros elegeram os novos dirigentes
que seguirão com a missão de promover discussões que possibilitem a
implementação de Políticas Públicas para o desenvolvimento da Economia
Solidária em Alagoas nos próximos dois anos.
Criado em
janeiro de 2014, o Conselho tem como objetivo acompanhar e fiscalizar a
execução da Política Estadual de Economia Solidária e faz parte da Secretaria
de Estado do Trabalho e Emprego (Sete),
além de promover a normatização das ações e regulamentação dos serviços
prestados pelos empreendimentos econômicos solidários.
Funcionando
como instância consultiva, propositiva e deliberativa, o Conselho apoia ações
para fortalecimento da Economia Solidária no território alagoano.
Edimir da Silva, representante da Cooperativa de Turismo, Lazer e Cultura do Alto Sertão alagoano, foi eleito o presidente. Girlene Lopes, representante da Associação Fibra e Arte, a vice-presidente. E Cidney Samyr, representante da Sete, o secretário executivo do Conselho.
Para Edimir,
o diálogo que o setor já tem com os órgãos públicos será fortalecido com a
atuação na presidência. “Sendo membro do Fórum Estadual de Economia
Solidária, entendo que o conselho tem um papel fundamental na efetivação das políticas
públicas para o setor. Nós temos que estar nesses espaços representando os
empreendimentos. Tudo isso perpassa por um planejamento amplo, que busca a
intersetorialidade”, destaca Edimir.
Protagonismo
O
Conselho era presidido pela secretária de Estado do Trabalho e Emprego,
Patrícia Mourão, que comemorou a eleição para presidência e vice-presidência do
conselho de pessoas que estão diretamente ligadas ao movimento. “Entendemos
que, para o conselho, que tem a função de traçar e fiscalizar as políticas para
esse setor, é fundamental dar o protagonismo e liderança para as associações e
empreendimentos. E nós, enquanto Estado, daremos o suporte para efetivação e
mediação das reivindicações”, afirmou Patrícia.
Compondo
uma das cadeiras, outro setor que comemorou a participação do Conselho foi o
dos Catadores de Materiais Recicláveis. Ivanilda Gomes, representante da
Cooperativa de Trabalho dos Catadores da Vila Emater (Coopvila), lembrou que o espaço dado ao setor
não é apenas um espaço deliberativo, mas, também um espaço político, para que
seja viabilizado e efetivado a legislação estadual da Política Estadual de
Resíduos Sólidos.
“Debateremos as oportunidades para nossa e outras categorias. Para a de catadores é mais importante ainda, pois, infelizmente, não temos muito espaço nesses locais. Espero que, com a ajuda dos companheiros do conselho, a classe dos catadores venha ser de fato mais valorizada, para que possamos fazer o nosso trabalho dentro do que possibilita a legislação. É um espaço que fortalece nossa voz”, ressalta Ivanilda.
Incentivo
Claudete
do Amaral Lins, representante da Coordenação do Fórum Estadual de Economia
Solidária (Feas), reiterou a necessidade da participação do Estado no incentivo
e promoção das atividades dos empreendimentos econômicos solidários. Segundo
ela, ainda há uma deficiência no financiamento para o desenvolvimento do setor,
especialmente no que diz respeito aos empreendimentos que atuam com a saúde mental,
com pessoas atendidas pelos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS).
“A importância é muito grande e ampla, principalmente com a possibilidade de que venha se consolidar como uma política pública. Atuando, dentro da economia solidária, com foco na saúde mental, as pessoas que têm sofrimento mental não estão em muitos espaços. Precisam de uma política pública continuada, que visa uma inclusão socioeconômica, seu papel social de trabalhador e ter um incentivo ao trabalho decente, com o desenvolvimento de suas capacidades”, ressalta Claudete.
O
Conselho Estadual de Economia Solidária conta com representantes do Estado e,
também, da Sociedade Civil, tendo como membros os representantes das seguintes
instituições:
Fundo
Estadual de Combate a Erradicação da Pobreza (Fecoep); Secretaria de Estado do Trabalho e
Emprego (Sete); Secretaria de Estado de Assistência e Desenvolvimento
Social (Seades);
Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura (Seagri);
Secretaria de Estado da Educação (Seduc);
Secretaria de Estado da Ciência, da Tecnologia e da Inovação (Secti); Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag);
Cooperativa de Trabalho dos Catadores da Vila Emater (Coopvila); Cooperativa de Turismo, Lazer e Cultura do Alto Sertão Alagoano (COOPTURSERTÃO)
Associação Fibra e Arte (Fibrart); Centro de Educação Ambiental São Bartolomeu; Incubação de Empreendimentos Solidários Unitrabalho/IESOL/Ufal;
Coordenação do Fórum Alagoano de Economia Solidária (Faes); Superintendência Regional do Trabalho de Alagoas (SRTE/AL); e Poder Legislativo.