17/03/2023 14:13 | Saúde

UPAs mantidas pelo Estado atendem cerca de 70 mil pacientes clínicos no primeiro bimestre de 2023

Dados apontam que cerca de 90% dos atendimentos médicos nas Unidades de Pronto Atendimento é realizado pelo médico clínico-geral


Rede Estadual de Saúde conta com seis UPAs, sendo cinco em Maceió e uma em Arapiraca

Carla Cleto / Ascom Sesau


Bia Alexandrino / Ascom Sesau

Dados divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) apontam que nos dois primeiros meses deste ano, foram realizados 69.962 atendimentos clínicos nas seis Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) mantidas pelo Governo de Alagoas. Os números expressivos comprovam não apenas o alto nível de resolutividade destas unidades que prestam assistência de urgência, mas, evidenciam, ainda, a importância do médico clínico-geral, profissional cujo seu dia é celebrado em 16 de março, desde 2016.


Ainda conforme os dados apresentados pela Sesau, os atendimentos com médico clínico-geral representam aproximadamente 90% do total de usuários assistidos nas UPAs. Outro dado que chama a atenção é o fato de que o atendimento clínico resolve cerca de 80% dos casos, sem que seja preciso encaminhar para outro especialista ou transferir para um hospital, para receber atendimento de Alta Complexidade.


Segundo Maryana Barbosa, diretora da UPA Jaraguá, a presença do médico clínico dentro de uma Unidade de Pronto Atendimento é fundamental. “Ele avalia o paciente de forma integral, respeitando a singularidade de cada usuário. Ele é capaz de dar diagnósticos gerais e conduz os pacientes para terapias imediatas, com bastante excelência”, disse a gestora.


Ela lembra que a clínica médica é uma área da residência que forma médicos clínicos-gerais e é considerada uma das bases da Medicina.  “Conseguimos ter um alto índice de resolutividade dos casos, além de um encaminhamento seguro e mais eficaz do usuário. Quando a resolução não ocorre na UPA, o médico clínico faz o encaminhamento para uma unidade hospitalar, evitando complicações do quadro apresentado pelo paciente”, salientou Maryana Barbosa.


Para o secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda, as UPAs cumprem papel fundamental na assistência pré-hospitalar e ajudam a evitar a superlotação dos hospitais. "Para reduzir o grande fluxo de pacientes na Rede Hospitalar, o Governo do Estado investiu na construção de seis novas UPAs, sendo cinco em Maceió e uma em Arapiraca. Com isso, ampliamos a assistência e agilizamos o atendimento", destacou o gestor da saúde estadual. 


A médica Kassiele Menezes, da UPA Jaraguá, explica a rotina de atendimentos clínicos na unidade. “Aqui na UPA o clínico tem como objetivo avaliar, diagnosticar e tratar diversas condições. Nós somos, muitas vezes, a primeira pessoa a atender o paciente, fazer o exame físico e solicitar exames complementares quando necessários. Aqui, muitas vezes, precisamos até referenciar o paciente para unidades mais especializadas”, esclareceu.


UPAs Estaduais


Em Alagoas, seis UPAs são mantidas pelo Governo do Estado, por meio da Sesau, assegurando atendimento pré-hospitalar, intermediário entre a Atenção Básica, de responsabilidade das Secretarias Municipais de Saúde (SMSs) e da Alta Complexidade, que é de atribuição do Estado e da União. Além de uma UPA situada no interior, na cidade de Arapiraca, a Rede de Saúde Estadual conta com cinco em Maceió, localizadas nos bairros Cidade Universitária, Tabuleiro do Martins, Chã da Jaqueira, Jacintinho e Jaraguá.


Quando procurar as UPAs

As UPAs funcionam 24 horas por dia, todos os dias da semana e podem resolver grande parte das urgências, como pressão e febre alta, fraturas, cortes, infarto e derrame. Além de exames laboratoriais e de raios-X, visando auxiliar no diagnóstico apresentado pelos pacientes, as UPAs contam com leitos de observação.


A ordem de chegada não é o único critério utilizado para os atendimentos médicos nas UPAs. É necessário observar a gravidade de cada caso e, para isso, utiliza-se o Protocolo de Manchester, que foi criado na década de 1990 e considera alguns parâmetros como intensidade das dores, sinais vitais, sintomas, glicemia e quadro clínico.


Na ordem crescente de prioridade no atendimento, a cor azul representa os casos menos graves e o atendimento é considerado não urgente, e a cor vermelha representa os casos mais graves e o atendimento é emergente.


Entenda as cores das pulseiras:

- Vermelho: emergente.

- Laranja: muito urgente.

- Amarelo: urgente

- Verde: pouco urgente

- Azul: não urgente