15/09/2023 14:07 | Saúde

Unidade de AVC do Hospital do Agreste completa dois anos com mais de 750 pacientes assistidos

Serviço é referência para o atendimento aos moradores do Agreste e Sertão e Baixo São Francisco


Comemoração pelos dois anos de AVC Dá Sinais, do Hospital de Emergência do Agreste

José Gabriel e Tony Medeiros / Ascom Sesau


Tony Medeiros

A Unidade de Acidente Vascular Cerebral (AVC) do Hospital de Emergência do Agreste (HEA), em Arapiraca, completa dois anos nesta sexta-feira (15) e contabiliza 752 pacientes assistidos. O serviço, que integra o Programa AVC Dá Sinais, criado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), é referência para os moradores dos 46 municípios que integram a II Macrorregião de Saúde, formada pelo Agreste, Sertão e Baixo São Francisco. 

 

Do total de pacientes assistidos pela Unidade de AVC, 50% estavam na faixa etária de 61 a 80 anos. Além disso, 51% destes usuários eram mulheres, e 25% de todos os pacientes foram submetidos ao procedimento de trombólise endovenosa, que consiste na administração de uma medicação para dissolver o trombo que causa o problema de saúde.

 

Entre as comorbidades associadas aos pacientes estão a hipertensão arterial, diabetes, tabagismo e cardiopatia. Os principais sintomas identificados nos pacientes assistidos pela unidade são a dificuldade de articulação ou perda da fala, boca torta, paralisia da metade do corpo e diminuição da força.

 



Constatação

 

Entre os pacientes assistidos, está um idoso de 66 anos, morador do município de Estrela de Alagoas, que apresentou sintomas como desvio de rima labial, afasia (sem fala) e diminuição de força. Inicialmente, foi socorrido até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Palmeira dos Índios, mas, através do aplicativo de telemedicina Join, as equipes forneceram informações para a rede exclusiva de atendimento.

 

Ele foi encaminhado para Unidade de AVC do HEA e submetido ao medicamento trombolítico, destinado a dissolver o coágulo no cérebro do paciente acometido pelo popular derrame. Antes de receber a medicação, o paciente foi submetido a exames de imagem e avaliação, até o caso ser diagnosticado como AVC Isquêmico. Logo após os procedimentos, o paciente apresentou melhoras no déficit motor e no desvio labial.

 

Estrutura

 

Com 18 leitos, sendo oito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e dez de Enfermaria, a Unidade de AVC se destaca pela excelência no tratamento aos pacientes, conforme destaca o secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda. "A implantação da Unidade de AVC no HEA representou uma iniciativa fundamental para a saúde pública no interior de Alagoas, porque aumentou as chances de salvar e evitar sequelas nos pacientes que anteriormente tinham que migrar para Maceió", ressaltou o gestor estadual de saúde.

 

Por causa deste trabalho de excelência, realizado a partir de muitos treinamentos, cursos, incluindo a realização do I Simpósio Multidisciplinar e empenho da equipe, o HEA foi reconhecido internacionalmente com o certificado Stroke Ready, pelo tratamento de qualidade assegurado aos pacientes acometidos por AVC. A certificação, que é uma iniciativa da Angels Awards, levou em consideração os indicadores de atendimento e o cumprimento de protocolos internacionais feitos pela Unidade de AVC.

 

“É um orgulho saber que a equipe multiprofissional está focada em acolher e salvar os pacientes. A gente sabe da dedicação de todos, indo em busca de cursos e treinamentos para melhorar ainda mais o serviço. Não estamos comemorando os números, mas sim, comemorando que os pacientes estão retornando para casa, para os braços das famílias. São dois anos salvando vidas”, explicitou Bárbara Albuquerque, diretora-geral do HEA, que entregou certificados à equipe multidisciplinar da Unidade de AVC.

 

Conforme o enfermeiro Andervan Leão, coordenador da Unidade AVC, o Núcleo de Qualidade está sempre se reunindo, discutindo as situações, debatendo melhorias. "O HEA não é porta aberta para receber os pacientes de AVC. Eles chegam através de regulação, realizada pela ferramenta Join e regulação do Estado. Por isso, tudo deve funcionar em sintonia para que os pacientes cheguem à unidade, onde a equipe estará preparada e de prontidão, viabilizando o atendimento o mais rápido possível. É emocionante ver o paciente voltar para casa”, afirmou.