Socioeducandos realizam exame admissional para trabalhar como jovens aprendizes
Eles serão contratados pela Usina Santo Antônio com carteira assinada e direitos reconhecidos
Os adolescentes iniciarão o curso de Cultivo e Produção de Hortas, ministrado pelo Serviço de Aprendizagem Rural
Vitor Beltrão / Ascom Seprev
Everton Dimoni / Ascom Seprev
Vinte adolescentes oriundos do Sistema Socioeducativo de Alagoas realizaram, nesta quarta-feira (20), o exame admissional para trabalhar como jovens aprendizes na Usina Santo Antônio, com carteira assinada e direitos trabalhistas garantidos. O programa de aprendizagem já contemplou cerca de 70 socioeducandos, e têm se destacado como recurso bem-sucedido para a reinserção social deste público.
A supervisora de Apoio, Fomento e Medidas da Secretaria de Estado de Prevenção à Violência (Seprev), Edvalda Williames, responsável por coordenar as qualificações profissionais realizadas no Sistema Socioeducativo, explica que o Programa Jovem Aprendiz une a capacitação teórica com a prática profissional. Os adolescentes iniciarão o curso de Cultivo e Produção de Hortas, ministrado pelo Serviço de Aprendizagem Rural (SENAR), e colocarão em prática o que aprenderam atuando na usina e no espaço laboral localizado dentro do Complexo Socioeducativo de Maceió.
“O curso está previsto para iniciar no dia 2 de outubro, com aulas práticas e teóricas realizadas no contraturno escolar dos adolescentes. Realizamos hoje o exame admissional e nos próximos dias nossos adolescentes serão formalizados como funcionários da Usina Santo Antônio, com carteira assinada e recebendo a devida remuneração.”, afirmou a supervisora.
A inclusão do público socioeducativo no Programa Jovem Aprendiz é fruto de parceria entre a Seprev, por meio da Superintendência de Medidas Socioeducativas (Sumese), o Ministério Público Estadual (MPAL), o Ministério Público do Trabalho em Alagoas (MPT-AL) e a Usina Santo Antônio.
O superintendente de Medidas Socioeducativas da Seprev, Otávio Rego, destaca os esforços da gestão estadual para reinserir socialmente adolescentes e jovens em conflito com a lei, e diz que o acesso desse público ao Programa Jovem Aprendiz é mais do que uma oportunidade de emprego. É um mecanismo para formar cidadãos por meio da educação e do trabalho.
“Desde o início do governo Paulo Dantas já foram ofertadas cerca de 70 vagas de aprendizagem para o público socioeducativo. Além disso, a partir de outubro, estaremos ofertando mais 60 vagas para cursos profissionalizantes, estes por meio de contrato com o SENAI e o SENAC. Esses esforços contribuem para que nossos adolescentes floresçam e deem frutos, impactando positivamente suas famílias e a sociedade”, destacou Otávio Rego.
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