17/01/2024 17:20 | Saúde

Saúde promove II Seminário Estadual de Luta contra a Hanseníase

Iniciativa reuniu representantes das áreas técnicas dos municípios alagoanos


Seminário reuniu representantes dos municípios alagoanos, Ministério da Saúde e Governo do Estado

Marco Antônio / Ascom Sesau


Fabiano Di Pace / Ascom Sesau

A Secretaria de Estado de Saúde (Sesau) promoveu, nesta quarta-feira (17), o II Seminário Estadual de Luta Contra a Hanseníase em alusão ao Janeiro Roxo, dedicado à visibilidade da doença no Brasil. A iniciativa foi realizada no auditório da Universidade de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), no bairro de Trapiche, em Maceió, e reuniu representantes das áreas técnicas dos municípios alagoanos, além de gestores da Sesau, Ministério da Saúde e Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems).  

 



A coordenadora do Programa Estadual de Vigilância e Eliminação da Hanseníase, Itanielly Queiroz, explicou que a doença é crônica, infecciosa e contagiosa, causada pela bactéria Mycobacterium leprae. “A hanseníase é uma doença curável, mas que ainda traz um forte estigma social. Por isso é importante que os profissionais sejam preparados para identificar, realizando o diagnóstico precoce, evitando o agravamento dos sintomas e sequelas”, destacou.  

 

A coordenadora lembrou, ainda, que o tratamento é completamente assegurado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Os remédios são distribuídos exclusivamente pela Rede Pública de Saúde e não podem ser adquiridos em farmácias, por isso é essencial que as pessoas procurem o atendimento médico de forma regular”, ressaltou. 

 

Para o superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, o médico Paulo Teixeira, o seminário é uma oportunidade importante para a troca de experiências e aprendizado. “O seminário conta com a participação de profissionais renomados na área e pode se comparar experiências exitosas e assim evoluir todo o sistema de acolhimento e tratamento da hanseníase em Alagoas”, destacou.  

 

Já o representante do Ministério da Saúde, Gustavo Lenin, reforçou a importância da atuação conjunta das diferentes esferas da administração pública – federal, municipal e estadual. “Apenas através de esforços em sintonia de todos poderemos cumprir a meta da erradicação da hanseníase no Brasil”, salientou.  

 



Também presente ao evento, Albertina dos Santos, que faz parte do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), destacou que o tratamento e acolhimento das pessoas com hanseníase não pode ser apenas físico. “Muitos pacientes da hanseníase são socialmente vulneráveis, com baixa escolaridade e sofrem com problemas psicológicos. É importante que o tratamento seja feito entendendo os desafios de cada um e abraçando a realidade dessa doença que ainda é alvo de inúmeros preconceitos por parte de toda a sociedade”, lembrou Albertina.  

 

Dando continuidade às atividades do Janeiro Roxo, a Sesau também irá promover no dia 31 de janeiro sua II Mostra de Experiências Exitosas em Hanseníase. O evento acontece no auditório da Uncisal, a partir das 8h, com apresentações de iniciativas realizadas na capital e interior de Alagoas.    

 

Sintomas


Entre as principais características da hanseníase estão o aparecimento de manchas brancas e avermelhadas na pele e comprometimento dos nervos periféricos. A pessoa acometida pela doença também pode sentir sensação de formigamento nas mãos e pés, diminuição ou perda da sensibilidade e nódulos no corpo, alguns deles, dolorosos.