Sesau leva ação itinerante de saúde mental para o Quilombo Pixaim, em Piaçabuçu
Iniciativa beneficiou também profissionais da saúde do município, por meio de capacitações no âmbito da assistência psicossocial
Projeto Nise nos Quilombos visa assegurar assistência em saúde mental aos quilombolas alagoanos
Divulgação
Ruana Padilha/ Ascom Sesau
Com o objetivo de conscientizar sobre o cuidado à saúde mental, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) levou ações assistenciais com psicólogos e psiquiatras aos moradores do Quilombo Pixaim, localizado no município de Piaçabuçu. A ação também beneficiou os profissionais da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), que foram capacitados sobre manejo da crise, prevenção ao suicídio, redução de danos e M-chat, que é ferramenta para rastreamento precoce do autismo.
A ação integra o projeto ‘Nise Presente nos Quilombos’, e tem como referência às diretrizes defendidas pela médica psiquiatra alagoana Nise da Silveira. Ela se destacou nacionalmente pela defesa e aplicação de terapias focadas na humanização, durante a assistência às pessoas em sofrimento mental. Durante os dias da intervenção, realizada por técnicos da Supervisão de Atenção Psicossocial da Sesau, a população participou de oficinas de artesanato para a geração de renda e rodas de conversa com as mulheres.
Os quilombolas também tiveram acesso à emissão da Carteira de Identidade e do Cartão Cria, além de receberem atendimento da Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPE/AL). A supervisora da Atenção Psicossocial da Sesau, Tereza Cristina Tenório, reforça que o objetivo principal da ação é trabalhar a saúde mental da população quilombola, resgatando sua identidade cultural. “Estamos levando a orientação da importância da atenção psicossocial com equidade, na qual as singularidades históricas, sociais e culturais da população quilombola devem ser consideradas no acolhimento e no cuidado”, enfatizou.
Ainda de acordo com a supervisora, a iniciativa ajuda os profissionais a refletirem sobre as práticas e serviços adequados para aquela população, construindo estratégias de cuidado para os quilombolas que, muitas vezes, são invisibilizados. “Quando fazemos as capacitações com os profissionais da RAPS [Rede de Atenção Psicossocial], atentamos para essa questão, destacando a importância do olhar humanizado para essa população, para que ofereçam um serviço de saúde mental equânime”, salientou Tereza Cristina Tenório.
Também participaram da ação a Secretaria de Estado da Assistência e Desenvolvimento Social (Seads), Secretaria de Estado da Mulher e dos Direitos Humanos (Semudh), Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral) e o Instituto de Identificação e Expresso da Cidadania da Defensoria Pública.
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