Cem enfermeiros que atuam na Atenção Primária dos 46 municípios que integram a II Macrorregião de Saúde participaram de uma capacitação, nesta terça-feira (30), em Arapiraca, sobre protocolo clínico de atendimento a pacientes com tuberculose O treinamento foi coordenado pela Superintendência de Vigilância e Controle de Doenças Transmissíveis da  Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), atendendo os municípios do Agreste, Sertão e Baixo São Francisco.

A ação visa qualificar os profissionais que atuam nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) sobre protocolos de enfermagem, integração da Vigilância com a Atenção Primária, diagnóstico laboratorial e importância da adesão ao tratamento. Também foram tratados temas como a Infecção Latente da Tuberculose (ILTB), bem como a necessidade da inserção das práticas de vigilância em saúde dentro do contexto da Atenção Primária à Saúde.

A gerente de Vigilância e Controle de Doenças Transmissíveis, enfermeira Waldinéa da Silva, explicou que a tuberculose é uma doença endêmica e um problema de saúde pública. “Tivemos, portanto, um momento de suma importância ao apresentarmos o protocolo de enfermagem para a abordagem da tuberculose na Atenção Primária, porque visamos uma assistência qualificada para as ações de controle da doença no Estado”, afirmou.

Dados sobre Tuberculose

Segundo o Ministério da Saúde (MS), a tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível, que afeta prioritariamente os pulmões, embora possa acometer outros órgãos e sistemas. A doença é causada pelo Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch. A forma extrapulmonar, que afeta outros órgãos que não o pulmão, ocorre mais frequentemente em pessoas vivendo com HIV, especialmente aquelas com comprometimento imunológico.

Ainda de acordo com o MS, no Brasil são notificados aproximadamente 70 mil casos novos e ocorrem em torno de 4,5 mil mortes em decorrência da doença por ano. No mundo, a cada ano, cerca de 10 milhões de pessoas adoecem por tuberculose, que é responsável por mais de um milhão de óbitos anuais.

Em Alagoas foram registrados 1.208 casos de tuberculose em 2022 e, este ano, já são 354 casos registrados. O número de óbitos vem se mantendo acima dos 70 casos anuais, a exemplo do ano passado, quando foram registradas 85 mortes pela doença.

Os principais sintomas da doença são tosse por três semanas ou mais, febre vespertina, sudorese noturna e emagrecimento. Caso a pessoa apresente alguns desses sintomas é fundamental procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima da residência para avaliação. Se o resultado for positivo, deve-se iniciar o tratamento o mais rápido possível e segui-lo até o final. Vale ressaltar que o tratamento é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS).