01/03/2023 15:25 | Saúde

SAÚDE DA MULHER

Sesau assegura rede de proteção à mulher vítima de violência; conheça os serviços

Atendimento às vítimas de abuso doméstico e sexual ocorre todos os dias da semana, 24 horas por dia


Mulheres vítimas de violência sexual e doméstica contam com Rede de Assistência mantida pela Sesau

Carla Cleto / Ascom Sesau


Ruana Padilha / Ascom Sesau

Atenta aos casos de violência contra a mulher em Alagoas, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), por meio da Rede de Atenção às Violências (RAV), garante assistência em saúde para as alagoanas acometidas por violência sexual e doméstica. Por meio de espaços de acolhimento, que contam com equipe multiprofissional formada por psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros, ginecologistas, pediatras, médicos peritos e policiais civis, as mulheres alagoanas têm acesso à assistência integral, seja na capital ou no interior do Estado.


Os serviços funcionam todos os dias da semana, 24 horas por dia, em quatro unidades vinculadas à Sesau. Para as vítimas de violência sexual e doméstica são disponibilizados serviços de profilaxia das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), anticoncepção de emergência, coleta de vestígio, aborto previsto em lei, exames laboratoriais, assessoria jurídica, grupos de apoio e acompanhamento médico e psicossocial, por até seis meses após a violência.


De acordo com a coordenadora da Rede de Atenção às Violências (RAV), psicóloga Camille Wanderley, as vítimas não precisam realizar Boletim de Ocorrência para serem encaminhadas ou procurarem por atendimento na área da saúde. Mas, ela enfatiza a importância de denunciar os agressores e combater a subnotificação de casos que ocorrem no Estado.


“Alagoas registrou um aumento de 23% nos casos de violência sexual, conforme dados divulgados no último Fórum de Segurança Pública do Brasil. Mas esse percentual não deve ser encarado como um dado negativo. Pelo contrário. Ele mostra que antes havia subnotificação, mas, com a criação da RAV, as mulheres se encorajaram a denunciar e procurar assistência especializada. Nos anos anteriores, apenas 10% dos casos foram registrados e esse aumento significa que as alagoanas confiam no nosso trabalho e estão procurando as unidades para serem assistidas e denunciar seus agressores”, ressaltou Camille Wanderley.


Unidades 

Em Maceió, o serviço está disponível no Hospital da Mulher (HM), no bairro Poço, onde a RAV está situada, bem como, no Hospital Geral do Estado (HGE), no bairro Trapiche, que acolhe pacientes do sexo feminino de até 12 anos.  Já no interior do Estado, o atendimento às mulheres vítimas de violência sexual e doméstica ocorre no Hospital Ib Gatto Falcão, em Rio Largo, que atende todas as vítimas, sem distinção de idade. Em Arapiraca, no Hospital de Emergência do Agreste (HEA), o acolhimento é voltado às mulheres que residem em um dos 46 municípios do Agreste, Sertão e Baixo São Francisco, que integram a II Macrorregião de Saúde.


O secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda, salientou a importância da RAV para as vítimas de violência sexual e doméstica no Estado. “A violência contra a mulher, infelizmente, ainda é uma realidade extremamente marcante. Por isso, precisamos garantir uma acolhida humanizada às vítimas, onde elas possam receber tratamento e orientações adequadas”, disse o gestor da saúde estadual.