A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) deu iniciou ao segundo ciclo do programa Digaê, que tem como objetivo fomentar a criação de projetos sociais entre jovens que moram na periferia de Maceió, por meio de capacitações gratuitas. Essa nova etapa do projeto alcançou a juventude que reside na parte alta da capital alagoana, com a oferta de oficinas de comunicação e mobilização social, realizadas no Centro de Artes e Mediações Artísticas (Camec), no Cepa.

Os 40 jovens beneficiados com a iniciativa são dos bairros Benedito Bentes, Antares, Bebedouro, Chã de Bebedouro, Chã da Jaqueira, Mutange e Jardim Petrópolis. Durante a formação, eles participam de momentos de mentoria especializada, elaborando também ações de intervenção comunicativa em suas comunidades. Nas oficinas, os participantes têm experiências com diversas linguagens, desde podcast, cinema e fotografia. Grafite, projeção e lambe-lambe também estão entre as opções.

Fruto de uma parceria entre o Governo de Alagoas e o Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat), a formação tem duração de três meses e acontece duas vezes por semana, com direito a uma bolsa-auxílio mensal no valor de R$ 200 e certificado de participação, além de apoio para transporte e alimentação.

Primeiro ciclo

Durante a realização do primeiro ciclo, o Digaê contemplou a juventude das grotas da parte baixa da cidade. Ao término da formação, eles foram capacitados a desenvolver diversas intervenções em suas comunidades. E como resultado da iniciativa, os jovens assistidos conseguiram desenvolver projetos nos mais variados formatos, a exemplo do audiovisual, de modo a mobilizar ou entreter a população.

Para o gerente regional de Educação da Seduc, Cássio Costa, o programa Digaê é uma oportunidade de capacitar a juventude periférica, que, com a obtenção de conhecimento, passa a transformar verdadeiramente a comunidade onde vive.

“É muito importante garantir o acesso dessa juventude aos equipamentos públicos. Então, quando surgiu a possibilidade de fazer com que o Camec pudesse acolher o programa, nós não medimos esforços. Abraçamos a iniciativa porque ela é uma grande oportunidade para que os jovens oriundos das grotas, e também da escola pública, possam buscar qualificação e fortalecer sua formação, contribuindo para o desenvolvimento da sua comunidade, além de influenciar outros jovens a também se qualificarem”, destacou Cássio Costa.

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