Secult e Ministério da Igualdade Racial estabelecem parceria para projetos em Alagoas
Encontro fortalece a relação entre os governos Estadual e Federal na implantação de políticas públicas focadas na cultura dos povos negros
Secretária Mellina Freitas, da Secult, e a coordenadora geral de Articulação Interfederativa do Ministério da Igualdade Racial
Alexandre Teixeira / Ascom Secult
João Brito/Ascom Secult
Visando o fortalecimento de políticas públicas voltadas para
a cultura negra em Alagoas, a secretária Mellina Freitas, titular da Secretaria
de Estado da Cultura e Economia Criativa (Secult), recebeu na última
segunda-feira (19) a coordenadora geral de Articulação Interfederativa do
Ministério da Igualdade Racial, Sandra Sena. O encontro selou a parceria entre
o Governo de Alagoas e o Governo Federal, com o objetivo de desenvolver
projetos que tornem a cultura negra alagoana conhecida em todo o país.
“É de extrema importância que a população conheça mais sobre a história do Movimento Negro no nosso estado. A Serra da Barriga, por exemplo, é o solo sagrado do universo e é um lugar muito importante para o nosso país”, afirmou Mellina Freitas.
Para Sandra Sena, representante do Ministério da Igualdade Racial, Alagoas é um grande polo de promoção da igualdade racial. “Aqui temos a Serra da Barriga como principal polo de resistência do povo negro, uma grande preciosidade para o movimento negro no país e a nível iternacional”, ressaltou.
Na ocasião, estiveram presentes o secretário Executivo de Políticas Culturais e Economia Criativa da Secult, Milton Muniz, a Superintendente de Economia Criativa, Fomento e Incentivo à Cultura da Secult, Natalia Teles, o Professor Edvaldo Nascimento, da Universidade Federal de Alagoas, e a representante do Movimento Negro Unificado em Alagoas, Débora Alves.
Serra da Barriga
A Serra da Barriga, localizada em União dos Palmares, é um patrimônio cultural brasileiro com uma representação forte das lutas entre holandeses e quilombos. Um verdadeiro símbolo de resistência para a população negra, caracterizado como um dos locais que mais recebeu negros refugiados escravizados da América.
Além disso, é um local que apresenta indícios históricos fortes da época que os quilombolas se refugiavam na região, entre eles, as ocas indígenas que se preservam até os dias de hoje, com uma estrutura feita artesanalmente.
Em 2017, durante a XIV Reunión de la Comisión de Patrimonio Cultural (CPC) Mercosul Cultural, o local recebeu destaque cultural e foi certificado como Patrimônio Cultural do Mercosul.
A Serra da Barriga é um lugar que carrega um misto cultural de dança, representado pela dança da capoeira, música, artesanato e culinária e, ao mesmo tempo, de luta, arrepio e uma chama cultural viva por cada canto.
Segundo estudos históricos feitos na região, a cultura indígena e seus valores foram fundamentais para a sobrevivência dos quilombolas na região da Serra da Barriga, visto que os índios estavam na região há mais tempo e compartilharam seus conhecimentos culturais e locais para os quilombos sobreviverem na região.
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