23/02/2023 18:11 | Agricultura

AGRICULTURA FAMILIAR

Secretaria de Agricultura abre diálogo com movimentos sociais para atender pautas do campo

Secretária Carla Dantas recebeu organizações com agenda de fortalecimento da agricultura familiar camponesa


Pauta coletiva dos movimentos sociais busca mais investimentos na produção e comercialização para assentados e acampados

Thayana Araújo / Ascom Seagri


Tatiane Gomes / Ascom Seagri

A secretária de Estado de Agricultura, Carla Dantas, recebeu representantes de movimentos sociais do campo nesta quinta-feira (23), que apresentaram uma agenda de fortalecimento da agricultura familiar camponesa em Alagoas. A reunião também contou com a presença do presidente do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral), Jaime Silva.

 

A pauta coletiva dos movimentos sociais tem por objetivo gerar mais investimentos do Governo do Estado no fomento da produção e comercialização para assentados e acampados. A secretária de Agricultura apontou que essa é uma agenda positiva de fortalecimento da parceria com agricultores familiares camponeses, incentivando a geração de renda no campo.

 

“Essa agenda é de fortalecimento. A pauta é extensa, mas nos deu um norte do que os movimentos precisam. O governador Paulo Dantas criou a Secretaria Executiva de Cooperativismo, Associativismo e Economia Solidária para dar uma resposta mais célere ao setor. Por isso, é preciso desenvolver programas que envolvam as cooperativas, a produção da agricultura familiar camponesa e dos povos tradicionais. Quero ser colaboradora do crescimento dos movimentos sociais ao lado do Iteral”, afirmou Carla Dantas.

 

Uma das demandas apresentadas foi a de investimento em campos de produção de sementes crioulas. A proposta é de que a Seagri possa desenvolver, de forma conjunta, um projeto-piloto para produção de milho e feijão, que faça parte do programa de distribuição de sementes Planta Alagoas.

 

Débora Nunes, da coordenação nacional do MST, abordou a necessidade de investimento. “É preciso pensar a organização do campo, desde a base, com sementes, irrigação, assistência, até a comercialização. A reforma agrária e agricultura familiar possibilitam transformações, inclusive no enfrentamento à fome e à desigualdade”, declarou.

 

A Seagri e o Iteral vão dar continuidade às reuniões para fortalecer a cooperação entre o Estado e os movimentos sociais. “Têm dez movimentos no campo em Alagoas, e esses grupos vêm trabalhando juntos há muitos anos. É preciso olhar quem é do campo, e a gente espera que essa seja uma de muitas reuniões que ainda vão ocorrer”, ressaltou o representante da Frente Nacional de Luta (FNL), Marcos Antônio da Silva, conhecido no campo como Marrom.

 

Além do MST e do FNL, também participaram da reunião a Comissão Pastoral da Terra (CPT), o Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST), o Movimento de Luta pela Terra (MLT), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MTST), o Movimento Terra, Trabalho e Liberdade (MTL) e o Movimento Terra Livre (TL).

 

O encontro marca o início de um diálogo mais próximo entre a Seagri e os movimentos sociais do campo. A iniciativa visa fomentar a produção da agricultura familiar camponesa, gerar emprego, renda e incentivar a permanência da mulher e do homem no campo.