31/03/2023 11:50 | SegurançaDireitos Humanos

Reeducandos participam de batismo no presídio Cyridião Durval

Evento faz parte das ações de assistência religiosa promovidas para custodiados do sistema prisional de Alagoas


Ação faz parte das atividades da Coordenação de Assistência Religiosa da Seprev

Ascom Seris


Janaina Marques / Ascom Seris

Vinte e dois reeducandos do presídio masculino Cirydião Durval foram batizados na quinta-feira (30), em evento promovido pela Secretaria de Estado da Ressocialização e Inclusão Social (Seris), em parceria com a igreja evangélica Assembleia de Deus. Ação faz parte das atividades da Coordenação de Assistência Religiosa da secretaria.

 

A cerimônia, realizada na própria unidade prisional, contou com a participação de gestores e membros da igreja, além do apoio logístico e operacional da Polícia Penal.

 

A policial penal e coordenadora de assistência religiosa, Wilman Lopes falou sobre a importância deste momento para os participantes. “A promoção de eventos como este é fundamental para que seja garantida a assistência religiosa dentro das unidades prisionais. Por isso, buscamos sempre dar oportunidade para que as religiões possam ter acesso aos estabelecimentos prisionais de forma segura“, destacou a coordenadora.

 

Segundo o representante da Assembleia de Deus e organizador do evento, pastor Ivan Ramos, para serem batizados os participantes passam por um período de seis meses a um ano de preparação. E para os custodiados do sistema prisional não foi diferente; eles tiveram seis meses de acompanhamento religioso até chegar a este momento.

 

“Durante o período de preparação eles recebem ensinamentos bíblicos, além de demonstrar arrependimento por todos os erros anteriormente cometidos. Após realizada a avaliação e constatada esta mudança no comportamento do participante é feito o cadastro para participar do batismo”, explicou o pastor.

 

Mateus Oliveira foi um dos batizados durante o evento. Ele contou que a religião serviu como um instrumento de acolhimento e conforto dentro da prisão.

 

“Na rua a gente não lembra de Deus e a importância que ele tem em nossa vida, mas quando a gente chega aqui dentro começamos a dar valor a coisas que não dávamos lá fora. Como diz a palavra de Deus, “a fraqueza nos aperfeiçoa e nos ajuda a refletir e tentar ser uma pessoa melhor”, e é isso que a religião está sendo em minha vida”, concluiu o custodiado.

 

A ação faz parte das atividades de assistência religiosa promovida pela Secretaria, por meio da atuação dos policiais penais, segundo o que preconiza a Lei de Execução Penal, que garante a assistência religiosa, com liberdade de culto, prestada aos presos e aos internados, permitindo a participação nos serviços organizados no estabelecimento penal, bem como a posse de livros de instrução religiosa.