Rede de Atenção às Violências vai passar a contar com Sala Lilás no HGE
Espaço deve ser aberto em junho e será exclusivo para identificação, acolhimento e monitoramento das vítimas de violência assistidas pelas unidades de saúde de Alagoas
Reunião com gestores do HGE e técnicos da RAV discutiu detalhes sobre a implantação da Sala Lilás no Hospital Geral do Estado
Thallysson Alves / Ascom Sesau
Thallysson Alves /Sesau
O Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, vai ganhar, em junho, uma Sala Lilás, exclusiva para os pacientes assistidos pela Rede de Atenção às Violências (RAV), serviço vinculado à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). A decisão foi firmada nesta quarta-feira (3), durante reunião entre gestores da unidade hospitalar e do serviço dedicado à prevenção, ao enfrentamento e ao monitoramento de vítimas de violência assistidas pelas unidades de saúde em Alagoas.
Assistentes sociais e psicólogos serão designados para esse trabalho contínuo em prol de mulheres, crianças, adolescentes, deficientes, pretos, idosos, indígenas, pessoas em situação de rua, LGBTQIA+ e demais pessoas em situação de vulnerabilidade. No HGE, esses profissionais realizarão buscas ativas para a descoberta de “casos camuflados” e darão assistência aos casos sinalizados pelos servidores dos setores.
“Esse é o nosso esforço por uma assistência mais completa, envolvendo também outras instituições que podem contribuir com o bem-estar social. Nós absorvemos uma gama de problemas da sociedade, pessoas que convivem em condições precárias, que por vezes até se acostumam com situações criminosas. O nosso objetivo é identificar esses casos, poder oferecer um melhor acolhimento e conceder orientações que possam contribuir com a qualidade de vida após alta hospitalar”, explicou o diretor do HGE, Fernando Melro.
A novidade foi celebrada pela coordenadora da RAV, psicóloga Camille Wanderley. Afinal, uma unidade da Sala Lilás na maior unidade de Urgência e Emergência de Alagoas representa um importante ganho para a população, porque há vítimas de violência que, por medo ou qualquer outra insegurança, omitem a verdadeira causa da busca por atendimento médico.
“Estando mais próximos, conseguiremos visualizar melhor os traços que podem esconder problemas complexos de violência. Assumimos uma atuação mais ágil, moderna, que pode lançar estratégias deliberativas capazes de incluir a participação de outras secretarias, comitês, entidades e núcleos representantes da sociedade civil. Agora, iremos nos estruturar para que possamos iniciar com a Sala Lilás o mais breve possível”, afirmou Camille Wanderley.
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