Polícia Científica realiza perícia em ossadas encontradas no município de Campestre
Após a perícia, as ossadas humanas foram recolhidas para o IML de Maceió, onde serão submetidas a exame cadavérico
Equipe do Instituto de Criminalística da Polícia Cientifica de Alagoas pericia local onde os esqueletos foram encontrados
Ascom Polícia Científica
Aarão José / Ascom Polícia Científica
As duas ossadas humanas encontradas na quarta-feira (11), na zona rural do município de Campestre, permanecem como não identificadas no Instituto de Medicina Legal Estácio de Lima. O material foi localizado por trabalhadores rurais em meio às canas, às margens da rodovia AL-220, após um processo de queimada controlada.
O local onde os esqueletos foram encontrados foi periciado por uma equipe do Instituto de Criminalística da Polícia Cientifica de Alagoas. Ainda não se sabe se os corpos foram desovados ou mortos no canavial, mas o perito criminal Gerard Deokaran encontrou vestígios de que as vítimas foram assassinadas por disparos de arma de fogo.
“Próximo a uma das ossadas foram encontradas peças de vestuários, sendo que a camisa apresentava perfurações compatíveis com instrumento de ação perfuro contundente. Nessa mesma ossada foram constatadas duas perfurações no crânio, compatíveis com lesões de entrada e saída causadas por projéteis de arma de formo”, explicou o perito criminal.
Moradores da região não souberam informar se os corpos poderiam ser de pessoas do engenho onde foram encontradas as ossadas. Nenhum suposto familiar das vítimas compareceu ao local, e também não há registro de desaparecidos no município de Campestre, o que levanta a suspeita de que as ossadas são de pessoas que residem em outra localidade.
Após a perícia, as duas ossadas humanas foram recolhidas para o IML de Maceió, onde serão submetidas a exame cadavérico. Uma equipe formada por um perito médico legista, odontolegista e técnico forense também irá realizar um trabalho antropológico para separar as ossadas e tentar identificar sexo, idade, altura e outros detalhes que possam levar a identidade das vítimas.
A chefia do IML de Maceió confirmou que devido ao estado em que as ossadas foram encontras, o trabalho de identificação será realizado por meio do exame odontolegal ou por meio de um exame de DNA. Mas isso só acontecerá se algum familiar comparecer a unidade de medicina legal para reivindicar as ossadas.
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