Cerca de 600 camponesas de diferentes movimentos sociais estiveram na sede do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral), nesta quinta-feira (7), dia em que as organizações de luta pela terra se reúnem na Praça Sinumbu, no Centro de Maceió, durante a realização do “llº Acampamento das Mulheres Sem Terra Dandara dos Palmares”.

O ato em alusão ao Dia Internacional da Mulher promove uma série de atividades voltadas à retomada da reforma agrária e ao impulsionamento de políticas públicas dedicadas às trabalhadoras rurais de Alagoas.

Segundo a coordenadora do Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST), Diana Aleixo, a mobilização fortalece o empoderamento feminino no campo, à medida em que abre espaço para que as mulheres apresentem suas pautas ao poder público e às instituições de luta pela terra.

No Iteral, uma comissão de líderes da iniciativa foi recebida pelo diretor-presidente da autarquia, Jaime Silva. Durante o encontro, o grupo apresentou reivindicações listadas em uma pauta coletiva.

“O Governo do Estado vem atuando, por meio do Instituto de Terras, para concluir o processo de transferência de áreas destinadas à reforma agrária. Além disso, estamos trazendo o Incra [Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária] e o Ministério do Desenvolvimento Agrário para a mesa de diálogo criada com o objetivo de solucionar conflitos históricos – casos das terras das Usinas Laginha, em União dos Palmares, e Guaxuma, em Coruripe”, afirma Jaime Silva.

Em fevereiro, Jaime Silva se reuniu com o ministro Paulo Teixeira, durante agenda do governador Paulo Dantas em Brasília. Na próxima semana, o titular da autarquia vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri) retorna à capital federal, onde participa de reuniões na sede nacional do Incra e no MDA. 

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