30/08/2023 15:50 | Direitos HumanosDesenvolvimento HumanoDesenvolvimento Social

Ministra conhece as políticas públicas do Estado voltadas às mulheres

Cida Gonçalves quer incluir propostas do executivo estadual no Orçamento de 2024


Secretária de Estado da Mulher e dos Direitos Humanos, Maria José Silva e a ministra Cida Gonçalves

Marco Antônio / Agência Alagoas


Marcus Toledo / Agência Alagoas

A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, conheceu nesta quarta-feira (30), em evento no palácio República dos Palmares, as políticas públicas executadas pelo Governo Paulo Dantas voltadas às mulheres. Coordenados pela secretária de Estado da Mulher e dos Direitos Humanos, Maria José Silva, titulares de várias pastas se revezaram na apresentação das ações que estão sendo realizadas desde o início da gestão, como também expuseram projetos para 2024 que podem receber recursos do ministério.



“Alagoas é um dos estados do país que estão mais à frente quando falamos de políticas transversais para as mulheres. E aí eu preciso parabenizar a secretária Maria José, por estar conseguindo fazer com que, de fato, essa transversalidade aconteça no dia a dia”, afirmou a ministra. Alagoas é o único estado do país com um secretariado formado em sua maioria por mulheres. São 14 mulheres e 13 homens à frente das pastas.


A secretária Maria José Silva anunciou no encontro que o Plano Estadual de Políticas para as Mulheres está em fase de elaboração, após a secretaria ter ouvido vários grupos em diversos municípios alagoanos. “A seleção das demandas tem em vista estabelecer metas possíveis para a secretaria, com o intuito de promover direitos e ampliar mecanismos em defesa das mulheres”, disse a secretária.


O documento será também encaminhado ao Ministério das Mulheres, para que as propostas possam ser realocadas no Plano Plurianual (PPA) da pasta. “Nós fechamos o nosso PPA interno, mas agora nós vamos disputar as emendas no parlamento. Então, é importante que o Estado aponte as prioridades para que a gente possa ver como é que nós vamos poder contribuir”, afirmou a ministra, que voltará a Alagoas para participar da audiência pública na Assembleia Legislativa sobre misoginia.


Números positivos

Durante o evento, a coordenadora da Patrulha Maria da Penha, tenente-coronel Danielli, apresentou números bastante representativos. Desde o início do programa, em 2018, a polícia registrou 273 prisões, 3.224 mulheres assistidas e 55 mil visitas. Mas o resultado mais comemorado foi o fato de nenhuma mulher assistida pelo programa ter sido vítima de feminicídio.


Já a secretária de Estado da Agricultura, Carla Dantas, apresentou um novo programa voltado para as agricultoras, principalmente as que vivem em assentamentos e em regiões quilombolas. O objetivo é aumentar a participação dessas mulheres na produção de alimentos saudáveis, promovendo a inclusão produtiva e a independência financeira. “Tenho certeza que mulheres tão diferentes terão acesso a coisas que elas não tinham antes. É tudo que o nosso governo quer. É inclusão produtiva”, disse a secretária.


Coube ao secretário de Estado da Comunicação, Joaldo Cavalcante, apresentar as campanhas divulgadas nos veículos de comunicação e nas redes sociais voltadas à valorização e ao reconhecimento das mulheres alagoanas. Foram mostrados ao público vídeos publicitários como o “Deixa ela quieta”, de conscientização contra o abuso durante o carnaval; “Alagoas, terra de mulheres extraordinárias”, em comemoração ao mês da mulher; e “Assédio Não”, de combate ao assédio no ambiente de trabalho; além do lançamento, na Bienal Internacional do Livros, de sete publicações de autoras alagoanas, em conjunto com a Imprensa Oficial Graciliano Ramos.


“Em 38 anos de Secom, nunca produzimos tantos conteúdos voltados à mulher. Só para as redes sociais foram 35 conteúdos específicos desde o início da gestão Paulo Dantas”, comemorou Joaldo. “É o maior portfólio que se pode registrar em defesa dessa causa, contra a discriminação, em defesa da igualdade, da valorização da mulher”.


Titular da Secretaria de Estado de Assistência e Desenvolvimento Social, Kátia Born apresentou à ministra o programa de produção de artesanato que atendeu a cinco comunidades quilombolas no interior de Alagoas. A proposta é retomar as ações nas localidades onde houve paralisações, e aumentar o número de mulheres atendidas. Katia Born solicitou à ministra Cida Gonçalves recursos para aquisição de um espaço físico em Maceió para a venda dos produtos feitos pelas quilombolas.


No final da cerimônia, a ministra das Mulheres e a secretária Maria José Silva assinaram o termo de cessão de um terreno para as futuras instalações da Casa da Mulher Brasileira, que é uma inovação no atendimento humanizado às mulheres.  Ela integra no mesmo espaço serviços especializados para os mais diversos tipos de violência contra as mulheres: acolhimento e triagem; apoio psicossocial; delegacia; Juizado; Ministério Público, Defensoria Pública; promoção de autonomia econômica; cuidado das crianças – brinquedoteca; alojamento de passagem e central de transportes.