26/03/2024 17:11 | Saúde

Médicos e enfermeiros são capacitados pela Sesau sobre manejo clínico de pacientes com dengue, Zika e chikungunya

Ação ocorreu nesta terça-feira (26), no auditório do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial de Arapiraca, no bairro Brasiliana


Público formado por enfermeiras e médicos saiu satisfeito com a divulgação das atualizações de condutoras e protocolos de combate à dengue

Tony Medeiros - Ascom HEA


Tony Medeiros / Ascom HEA

Médicos e enfermeiros que atuam nos 46 municípios da II Macrorregião de Saúde, formada pelo Agreste, Sertão e Baixo São Francisco, participaram do Curso de Atualização em Manejo Clínico de Pacientes com Dengue, Zika e Chikungunya. A ação, promovida pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), ocorreu nesta terça-feira (26), no auditório do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) de Arapiraca, situado no bairro Brasiliana.

Durante o Curso de Atualização em Manejo Clínico de Pacientes com Dengue, Zika e Chikungunya, que são as doenças caracterizadas como arboviroses e transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, foram evidenciados os sintomas de cada uma delas. Paralelamente, também foram apresentadas as formas de detecção das três doenças e como deve ocorrer o tratamento de forma eficaz e em tempo oportuno para evitar agravamento do quadro clínico dos pacientes.

O Curso de Atualização em Manejo Clínico de Pacientes com Dengue, Zika e Chikungunya foi ministrado pela enfermeira Naara Nascimento e pelos médicos infectologistas e assessores técnicos da Sesau, José Maria Constant e Luciana Pacheco. Além de tratar sobre as medidas para diagnóstico e tratamento dos pacientes acometidos pelas três arboviroses, os técnicos também ressaltaram as medidas que devem ser implementadas para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, cuja fêmea se reproduz em água limpa e parada. 

Dados

Conforme a enfermeira da Sesau, Naara Nascimento, a primeira parte do Curso de Atualização em Manejo Clínico de Pacientes com Dengue, Zika e Chikungunya tratou da apresentação do Panorama Epidemiológico das arboviroses, com ênfase em dengue. De acordo com o último Boletim Epidemiológico, até a Semana Epidemiológica 12 foram notificados 3.045 casos suspeitos de dengue em Alagoas e, destes, 1.557 foram confirmados. Já no mesmo período do ano passado, 1.325 casos suspeitos foram notificados e 822 confirmados.

Com relação aos óbitos, também até a Semana Epidemiológica 12, foi confirmado um óbito, que refere-se a um paciente do sexo masculino, residente em Atalaia; no mesmo período do ano passado não houve óbito confirmado. Ainda com relação aos óbitos por dengue, sete mortes encontram-se em investigação nos municípios de Arapiraca (1), Jequiá da Praia (1), Marechal Deodoro (1), Maceió (2), Santana do Mundaú (1) e União dos Palmares (1).

“Alagoas ainda não está na situação crítica no caso da dengue, a exemplo de Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro, mas nós estamos numa situação de alerta. Nós precisamos nos adiantar em relação à doença, trazendo informações para os colegas médicos e enfermeiros, que já conhecem sobre o assunto, mas que tiveram os conhecimentos atualizados sobre a situação. Além disso, acredito que não exista uma doença que a população conheça tão bem o mecanismo de transmissão como a dengue, e, no entanto, o problema continua. Levando em consideração que há uma tendência de dizer que “na minha casa não tem problema e o foco está na casa do vizinho”, é fundamental que cada um cuide da sua casa para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti’, ressaltou o médico infectologista da Sesau, José Maria Constant.

A também facilitadora do Curso de Atualização em Manejo Clínico de Pacientes com Dengue, Zika e Chikungunya, infectologista Luciana Pacheco, destacou que a iniciativa se faz necessária porque, apesar de a dengue ser um doença que todos conhecem há cerca de 40 anos, acontecem mudanças nos protocolos e nas condutas, com o intuito de evitar as formas graves. "Todos estes anos passaram e não conseguimos fazer com que a população compreendesse a necessidade da limpeza da casa e do quintal para evitar a proliferação do mosquito. São medidas simples, mas o armazenamento de água continua sendo recorrente e um dos fatores principais para a disseminação do Aedes”, afirmou.

Para a responsável técnica pelo setor de enfermagem da Unidade Mista Senador Arnon de Mello, a enfermeira Mikaela de Souza, o Curso de Atualização em Manejo Clínico de Pacientes com Dengue, Zika e Chikungunya, foi enriquecedor, devido às informações apresentadas pelos assessores técnicos da Sesau. “Uma manhã de muito conhecimento e orientação. Vamos utilizar estas atualizações no nosso serviço oferecido em Piranhas”, ressaltou Mikaela de Souza, que esteve acompanhada da também enfermeira Dulce Tereza Carvalho.

De Santana do Ipanema, no Sertão alagoano, Fabilênia Batista ressaltou as apresentações da enfermeira Naara Nascimento e dos médicos infectologistas José Maria Constant e Luciana Pacheco, assessores técnicos da Sesau. “Equipe conceituada e com vasto conhecimento sobre o assunto. Tirou dúvidas e trouxe orientações que são importantes para quem trabalha na atenção primária”, afirmou a enfermeira.