Insolação: dermatologista do HGE alerta sobre a importância de se hidratar e evitar exposição prolongada ao sol
O risco é maior no Verão, quando os atrativos distraem, enquanto há a exposição aos raios ultravioletas que são danosos
Dermatologista do HGE diz que população deve usar chapéu, boné e ficar na sombra ao se expor ao sol ou frenquentar a praia
Carla Cleto e Thallysson Alves / Ascom Sesau
Thallysson Alves / Ascom Sesau
O verão em Alagoas é uma espetacular atração para todos. O estado conta com belezas naturais únicas, que são um verdadeiro convite para curtir o sol com amigos e família. Porém, é preciso, além de outros cuidados, redobrar a proteção contra a insolação. A dermatologista Iris Alencar, que atua no Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, destaca o uso contínuo do protetor solar, a preferência pelas sombras e o uso de chapéus, bonés e camisa com proteção ultravioleta.
O excesso da exposição ao sol pode causar insolação, um problema provocado pelo calor intenso e pela absorção da radiação solar, que aquece rapidamente o corpo e atrapalha os mecanismos que equilibram a temperatura interna, como a transpiração. Na prática, o organismo não consegue se resfriar e, assim, perde muito líquido e sais minerais importantes para seu funcionamento. Se houver negligência, há risco de danos em órgãos vitais e até de morte.
“O perigo é maior entre 10h e 16h, quando é maior a incidência dos raios ultravioletas, e nós nos distraímos no banho de mar, na piscina, no rio, em uma festa sem cobertura, etc. Para piorar, há o esquecimento de beber água, abusando do consumo de bebidas alcóolicas, negligenciando os primeiros sintomas, que podem ser queimadura na pele, dor de cabeça, tontura, cansaço intenso, febre, dor muscular, alterações visuais, sensação de pele seca e quente, mal estar generalizado”, pontuou a médica.
Em casos mais graves, quando não é feito o atendimento médico e o cidadão continua exposto ao sol e ao calor, é possível surgirem episódios de vômitos, aumento da frequência cardíaca, confusão mental, dificuldade para respirar e perda da consciência. Contra esses riscos, o melhor é não se expor diretamente ao sol entre 10h e 16h, não passar longos períodos expostos (alternar com sombra ou lugares fechados), usar protetor solar na quantidade certa (e reaplicar de duas em duas horas) ainda mais nos dias de sol.
“Beber bastante água gelada, mesmo sem sentir sede, é a melhor atitude contra a insolação e a desidratação. Mas, especificamente sobre a insolação, o melhor é não ficar tanto tempo exposto ao sol, ainda mais sem proteção alguma. O ideal é vestir roupas leves, que facilitem a troca de temperatura do corpo com o ambiente. Caso um dos sintomas surja, o resfriamento do corpo deve ser feito de forma gradual, borrifando água fria pelo corpo e aplicando compressas de água fria”, orientou a especialista do HGE.
Isotônicos podem ser consumidos para recuperar os sais minerais do corpo, mas é recomendável a consulta com um nutricionista. A automedicação é sempre um perigo à saúde. Dores de cabeça e febre, por exemplo, também podem ser sintomas de outras doenças, como a dengue. Assim sendo, o mais sensato é buscar atendimento em uma unidade de saúde, podendo ser as municipais e as Unidades de Pronto Atendimento (UPA).
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