Os serviços no Ambulatório de Hormônio Transição do Hospital da Mulher Dra. Nise da Silveira, localizado no bairro Poço, em Maceió, voltou a funcionar na unidade nesta sexta-feira (11). Em razão da Covid-19, as atividades estavam ocorrendo anteriormente no Hospital Metropolitano de Alagoas (HMA), no bairro Cidade Universitária.

Para agendar avaliação e consultas com especialistas, os interessados podem ligar para o telefone 3131-1397, de segunda a sexta- feira, no horário das 7h às 18h. Na unidade, os pacientes recebem assistência com uma equipe multidisciplinar formada por profissionais de Enfermagem, Psicologia e Serviço Social e médicos especializados em Ginecologia, Urologia, Proctologia, Mastologia e Endocrinologia. O Ambulatório de Hormônio Transição também assegura exames de imagem e laboratoriais, que são realizados no próprio hospital.

O secretário executivo de Ações de Saúde da Secretaria do Estado da Saúde (Sesau), Marcos Ramalho, ressalta que o Ambulatório de Hormônio Transição garante assistência qualificada aos usuários. “O Ambulatório assegura ao usuário um atendimento com médico especialista, que vai ajudar na hormonização, transição e auxiliá-lo em outras patologias, além de garantir a ele tratamento integral”, explica.

Marcos Ramalho lembra, também, que identidade de gênero não é apenas uma questão de saúde pública, mas envolve questões pertinentes à saúde mental e a atenção a outras vulnerabilidades que afetam essas pessoas. "O Ambulatório de Hormônio Transição foi o primeiro a aberto no Estado 100% pelo SUS [Sistema Único de Saúde]. Por isso, a unidade visa trazer a dignidade e resgatar a autoestima dos usuários, que muitas vezes foram negligenciados. Atuamos para garantir o acesso aos serviços e o combate à homofobia e a transfobia”, ressalta.

Para a supervisora de Assistência Social do HM, Marta Antônia Lima, o Ambulatório de Hormônio Transição assegura aos usuários atendimento qualificado e seguro. “Acolher e atender as necessidades dessas pessoas que precisam de hormônio transição e que estão à margem do serviço de saúde é de grande importância. O Ambulatório de Hormônio Transição conta com profissionais habilitados, que asseguram o tratamento de forma qualificada e segura, pois esse tipo de intervenção, muitas vezes, é com pessoas que estão fazendo tratamento por conta própria e que não são seguros”, disse.

Direitos LGBTQIAP+ – A criação do Ambulatório de Hormônio Transição do HM, levou em consideração a Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde, instituída pela Portaria nº 675, do Ministério da Saúde, em 2006. Este documento menciona, explicitamente, o direito ao atendimento humanizado e livre de discriminação por orientação sexual e identidade de gênero, a todos os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). A portaria visa também o uso e a inclusão do nome social de travestis e transexuais nos registros dos serviços públicos de saúde, bem como, o combate à LGBTFOBIA.