HGE alerta sobre os cuidados com a hipertensão, doença silenciosa que provoca AVC e outras doenças
Boa parte dos casos clínicos atendidos no maior hospital público do Estado tem como comorbidade o descontrole da pressão arterial
José Miguel esta em tratamento no HGE após sofrer um infarto
Thallysson Alves / Ascom Sesau
Thallysson Alves / Ascom Sesau
Os casos clínicos continuam sendo prevalentes no Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, e boa parte deles está relacionada ao descontrole da hipertensão, doença crônica, caracterizada pelos níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias. Mesmo sendo extremamente grave, ela é silenciosa e, segundo especialistas do maior hospital público de Alagoas, representa um dos principais fatores de risco para a ocorrência de Acidente Vascular Cerebral (AVC), Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), aneurisma arterial e insuficiência renal e cardíaca.
A hipertensão acontece quando os valores das pressões sanguíneas máxima e mínima são iguais ou ultrapassam os 140/90 mmHg (ou 14 por 9). De acordo com o Ministério da Saúde (MS), 90% dos casos são genéticos, mas há vários fatores que influenciam nos níveis de pressão arterial, a exemplo do fumo, consumo de bebidas alcoólicas, obesidade, estresse, elevado consumo de sal e falta de atividade física.
“O perigo é que a doença é silenciosa durante o início de sua evolução. Poucas pessoas se queixam, mas, quando acontece, relatam dores de cabeça e tonturas, por exemplo. E a hipertensão é o mais importante e prevalente fator de risco para doenças cardíacas, que são a principal causa de mortes no Brasil e no mundo, segundo dados do Ministério da Saúde”, informou o cardiologista do HGE, Alex Vieira.
Constatação
José Miguel da Silva tem 54 anos e
percebeu que a sua pressão arterial estava descontrolada há cerca de quatro
anos, quando sua médica receitou uma medicação para equilibrar. Ele disse que
seguiu com as orientações da especialista, exceto quando o assunto é viver uma
vida mais tranquila. Como resultado, acabou chegando ao HGE com IAM, precisou
de cateterismo e agora segue os cuidados com a equipe multidisciplinar da
Unidade de Dor Torácica (UDT) do HGE.
“Eu estava em casa, dormindo, quando fui me virar, senti uma dor forte, dormência e meu lado esquerdo enfraquecido. Minha família me levou à UPA [Unidade de Pronto Atendimento] lá de Penedo, cidade onde moro. Posteriormente, eles me encaminharam para o HGE. Fiquei surpreso com a quantidade de exames que fiz e me sinto bem melhor. Agradeço muito todo o cuidado que estou recebendo dos profissionais”, disse José Miguel da Silva, que já foi tabagista.
Controle
A “pressão alta” não tem cura, mas pode ser controlada com o uso de medicamentos e a adoção de um estilo de vida saudável. A alimentação equilibrada é importante para a manutenção do peso, equilíbrio no uso de temperos, diminuição do açúcar e redução do consumo de alimentos gordurosos. Entretanto, também é imprescindível a prática regular de atividade física, o abandono do cigarro e o melhor aproveitamento dos momentos de lazer.
“Para o diagnóstico, basta aferir a pressão regularmente, preferencialmente em consultório médico. Pessoas acima de 20 anos de idade devem medir a pressão ao menos uma vez por ano. Se houver casos de pessoas com pressão alta na família, sse tempo cai para, no mínimo, duas vezes por ano. É recomendável que as pessoas saibam medir aferir a pressão e que tenham esse controle em casa. Lembrando que os aparelhos precisam ser validados por órgãos reguladores”, orientou o médico.
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