11/11/2022 12:47 | Tecnologia e InovaçãoAgricultura

Governo incentiva projetos de pesquisa da Embrapa para o setor agropecuário em AL

Nesta sexta-feira (11), o governador Paulo Dantas assinou o termo de outorga para financiamento de seis projetos desenvolvidos por pesquisadores da Embrapa no Estado


Paulo Dantas assina o termo de outorga para financiamento de projetos desenvolvidos por pesquisadores da Embrapa

Pei Fon / Agência Alagoas


Fábia Assumpção / Agência Alagoas

O investimento do governo de Alagoas no desenvolvimento tecnológico para fomentar a pesquisa e inovação no setor agropecuário alagoano, em especial a agricultura familiar, tem atraído pesquisadores para o Estado. Na manhã desta sexta-feira (11), na sede do Palácio República dos Palmares, o governador Paulo Dantas assinou o Termo de Outorga para financiamento de projetos de pesquisadores da Embrapa Tabuleiros Costeiros e Embrapa Alimentos e Territórios, para fomento e incentivo ao desenvolvimento de pesquisas e produtos focados nas regiões produtivas do Estado.


Com essa outorga, o governo de Alagoas vai investir recursos do Tesouro Estadual, na ordem de R$ 500 mil. O primeiro edital contempla seis projetos de pesquisa selecionados para receber incentivos financeiros do Estado, cada um com a participação de ao menos oito pesquisadores. Eles terão um prazo de dois anos para a conclusão dos trabalhos.

 

Além do governador Paulo Dantas, o documento foi assinado pelo secretário de Estado de Ciência e Tecnologia, Silvio Bulhões; o diretor-presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa de Alagoas (Fapeal), Fábio Guedes; e a coordenadora da Unidade de Execução de Pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em Rio Largo, Walane Melo. O ato contou também com a presença de 13 pesquisadores.

 

“É um momento de muita felicidade poder fortalecer essa parceria com a Embrapa. Mais uma vez, o Estado incentiva o desenvolvimento tecnológico, com fomento da pesquisa e inovação”, afirmou o governador Paulo Dantas. “O trabalho que vocês fazem é brilhante, pois traz resultados e melhora a produção agrícola no Estado”, acrescentou.

 

 

A coordenadora da Embrapa Tabuleiros Costeiros,  Walane  Melo, agradeceu o incentivo dado pelo governo à pesquisa. “Indiscutivelmente, o  estado de Alagoas vem na contramão do que fez o governo federal nos últimos anos, que promoveu cortes nos órgãos de pesquisas. A Fapeal tem sido um celeiro em investimentos para a realização de pesquisas agropecuárias”, ressaltou Walane.

 

Segundo o presidente da Fapeal, Fábio Guedes, o Governo do Estado tem dado todo o apoio às unidades da Embrapa em Alagoas, como a de Tabuleiros Costeiros, instalada no Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e, também, à estruturação da nova unidade da Embrapa Alimentos e Territórios, que já cedeu uma área no bairro da Saúde, em Maceió.

 

“Hoje, temos 45 pesquisadores da Embrapa trabalhando em projetos na área da agropecuária, que optaram por vir para Alagoas em um momento em que o Brasil exporta cérebros devido à falta de incentivos do governo federal à pesquisa”, observou Guedes.

 

O secretário de Tecnologia, Silvio Bulhões, disse que a assinatura do termo de outorga era um momento especial e simbólico por reforçar a parceria do Governo de Alagoas com a Embrapa. “É preciso entender a importância dessas pesquisas, em especial para o desenvolvimento da agricultura familiar, uma vez que, hoje, a agricultura é um dos principais pilares da economia alagoana”, destacou.

 

Os seis projetos de pesquisas selecionados para receber incentivos financeiros possuem focos de atuação nas regiões produtivas do Estado e tratam de temas como a viabilidade do cultivo de duas safras de grãos em sucessão (safra-safrinha); integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF) para agregação de valor e aumento da sustentabilidade da agropecuária alagoana; tecnologias sustentáveis para a cultura da mandioca; prospecção e desenvolvimento de tecnologias para o manejo ecológico dos principais problemas fitossanitários no polo citrícola do Vale do Mundaú; desenvolvimento de bioinsumos de resíduos locais, no suporte à nutrição de plantas em agroecossistemas de unidades familiares e produção de tomate pela agricultura familiar no Agreste, por meio de práticas conservacionistas visando o aumento de produtividade e qualidade de fruto.