11/11/2023 16:30 | Educação

Gestores da rede estadual compartilham experiências na gestão de escolas estaduais

Arlete, Sivaldo, Claudionor, Daniela e Rafael são educadores abnegados e que transformam vidas


Gestores escolares celebram seu dia neste domingo 12 de novembro

José Demétrio / Ascom Seduc


Ana Paula Lins e Ana Cecília Oliveira* /Ascom Seduc

Eles abrem e fecham as escolas. Escutam e conversam com todos. Fazem das escolas uma extensão de suas casas e da comunidade escolar uma segunda família. E vibram muito com a conquista dos seus estudantes. Eles são os gestores escolares que, neste domingo, 12 de novembro, comemoram o seu dia. Nesta reportagem, conversamos com alguns deles sobre o seu dia a dia, os desafios da função e as alegrias de presenciar as melhorias na comunidade escolar.


O coletivo deve brilhar

Formado em Música com pós-graduação em Arte, Sivaldo Lima é professor da rede estadual há nove anos e já exerceu diversas funções: coordenador e diretor adjunto da Escola Estadual Professora Gilvana Ataíde Cavalcante Cabral, na Santa Lúcia e, atualmente, diretor da Escola Estadual Anaias de Lima, no Vergel do Lago. Recentemente, teve a alegria de ver a escola ser premiada com a melhor média do Concurso de Redação da Esmal.


“O gestor é aquele coadjuvante no qual a educação e o pedagógico devem brilhar. Você é parte de uma grande família, com muitos desafios, mas também com grandes prazeres. Educar vai além dos muros da escola e ser capaz de mudar a vida de alguém é um presente que só a escola lhe dá”, declara Sivaldo.


Há 16 anos na Escola Estadual Nenoí Pinto, no bairro do Clima Bom, Claudionor de Andrade é gestor há 11. Para ele, escola e comunidade são indissociáveis e sua busca diária é por mudança de mentalidades. E transformar vidas é uma missão gratificante, diz ele.


“Quero que meu aluno vença na vida, que ele tenha objetivos, que estude, que passe no Enem, em um concurso público, que tenha um bom emprego. A experiência de gestão nos traz desafios diários, mas também alegrias, principalmente quando vejo minhas crianças crescendo, evoluindo. Daqui a alguns anos, ele não precisa recordar do meu nome, mas se lembrar que eu fui uma pessoa que pediu que ele estudasse, que mudou e transformou sua vida, tudo valeu a pena”, afirma Claudionor.

 

Apaixonada por esporte desde a adolescência, a incansável Daniela Raposo é formada em Educação Física e professora da rede estadual desde 2010. Já lecionou na Escola Estadual Oliveira e Silva, no Pilar, na Escola Estadual Claudizete Lima Eleutério, em Rio Largo; na Escola Estadual Maria Salete de Gusmão, em Maceió e, há cinco anos, é gestora da Escola Estadual Alfredo Gaspar de Mendonça, no Conjunto Eustáquio Gomes. Ser gestora de uma escola de ensino fundamental e médio com mais de 1300 estudantes é, para ela, um aprendizado diário.


“Você precisa acolher a comunidade ao seu redor, entendê-la e estudá-la todos os dias. É preciso engajar todos: estudantes, pais, professores e servidores neste grande projeto que é a busca por uma educação pública de qualidade. E temos tido muitas vitórias: conquistas nos Jogos Estudantis de Alagoas, o Jeal; estudantes aprovados no Enem e hoje estudando na Ufal; alunos com bolsas de iniciação científica no Pibic Jr e a melhoria do nosso Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, IDEB que, este ano, estamos confiantes de que será ainda melhor”, comemora.


Rafael Vieira é diretor da Escola Estadual Francisco Domingues, de Limoeiro de Anadia. Nos últimos de anos, presenciou muitas conquistas de sua comunidade escolar: professores e alunos se destacando em olimpíadas de renome nacional, a exemplo da Olimpíada Brasileira de Astronomia de Astronáutica (OBA) e a Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG), onde conquistaram 79 medalhas, dentre as quais 53 ouros e os dois ouros consecutivos na Olimpíada Brasileira de Geografia (OBG), o que valeu à escola a classificação para representar a rede estadual alagoana na etapa nacional da OBG. Em setembro, acompanhou - e vibrou – ao ver seus alunos serem 4º lugar na Jornada Brasileira de Foguetes em Barra do Piraí, no Rio de Janeiro.


“O Chiquinho, como carinhosamente chamamos a Escola Francisco Domingues, é uma grande família. E fico muito feliz quando vejo esta família se destacar dentro e fora de Alagoas, o que mostra a excelente qualidade de nosso ensino, o comprometimento de nossos professores e o potencial de nossos estudantes”, pontua.


De tudo um pouco

Veterana na rede estadual, Arlete Sales é uma gestora que deixa uma marca indelével por onde passa. Por muito tempo foi diretora da Escola Estadual Correia das Neves, no Prado, escola onde também estudou. Na Escola Estadual Rodriguez de Melo, na Ponta Grossa, ajudou a implantar o ensino integral da instituição. Hoje, está como diretora da Escola Estadual Rosalvo Lobo, na Jatiúca.


Quem vê sua longa trajetória na educação e sua contribuição para a formação de tantos maceioenses talvez desconheça que nem sempre ela trabalhou nesta seara: Arlete já atuou com turismo e morou na França, mas o desejo de educar e acompanhar a formação de seu filho fez com que decidisse ingressar na Educação. Daí foi uma paixão instantânea e um caminho sem volta.


“Ser gestor é estar aberto a mudanças, a aprender coisas novas. A juventude mudou. Estar na gestão de uma escola demanda de você um olhar social e você acaba sendo de tudo um pouco. Você é administrador, é psicólogo, é amigo, é educador. Quando você senta junto ao estudante e o escuta, ele se sente apoiado. Hoje a escola é uma extensão da família e daí a importância da nossa função de educador”, resume Arlete.


*Sob supervisão