26/01/2024 10:59 | Saúde

Ferido em explosão de gás recebe assistência especializada no HGE

Paciente está no Centro de Tratamento de Queimados; acidente serve de alerta para todos os lares que fazem uso do botijão de gás no cozimento de alimentos


Danilo sofreu queimaduras de segundo grau em 12% da área superficial do seu corpo

Thallysson Alves / Ascom HGE


Thallysson Alves / Ascom HGE

Danilo Henrique da Silva Santos, de 29 anos, só teve tempo de conferir se a esposa e o seu filho já haviam saído de casa antes do susto. É que um vazamento de gás causou uma explosão que resultou na destruição de todo o apartamento da família, localizado na Cidade Universitária, em Maceió. Somente ele se feriu e precisou de internamento no Hospital Geral do Estado (HGE), o seu quadro de saúde é estável.

 

Tudo começou com a troca do botijão de gás. Após o representante da empresa distribuidora ir embora, sua esposa Tâmara Jaciara colocou a comida no fogão e foi estender as roupas no varal. Danilo estava em um quarto e seu filho de sete anos em outro. Nesse momento, surgiu um cheiro intenso de gás e, temendo a explosão, ele começou a procurar a sua esposa e o seu filho para retirá-los de dentro do apartamento.

 

“O que eu não sabia é que eles já estavam do lado de fora. O cheiro foi ficando cada vez mais forte e me deixando sem força. Quando estava para sair de casa, a explosão! Eu passei por baixo do portão e corri para a rua. Nessa hora, eu não tinha ideia dos meus ferimentos. Só estava muito assustado e preocupado com o incêndio que estava iniciando. Os vizinhos vieram ajudar e conseguiram apagar o fogo antes de os bombeiros chegarem”, lembrou o pai de família.


 

Todos os bens materiais que estavam dentro de casa foram perdidos. Cama, aparelhos eletrônicos, armários, guarda-roupas, tudo queimado. Danilo contou com o apoio de familiares e amigos desde os primeiros momentos, os mesmos que mostraram as bolhas que se formavam em sua pele. Após um primeiro atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Eustáquio Gomes, ele decidiu buscar o atendimento especializado do HGE.

 

“Eu sabia que o HGE é referência no tratamento de queimaduras, então, mesmo com o atendimento da UPA, eu não achei suficiente. Foi quando decidimos vir direto para o HGE e, desde quando cheguei, recebi os cuidados que precisava. Passei pela classificação de risco, pela Área Vermelha, e no mesmo dia fui transferido para o CTQ [Centro de Tratamento de Queimados]. Aqui estou me sentindo melhor e confiante na minha recuperação”, afirmou Danilo.

 

A enfermeira Marleide Rodrigues informa que o seu paciente tem tido melhora nas lesões. Ele já foi submetido a banhos com analgesia, tratamento com antibiótico e curativos com coberturas especiais. Também tem recebido os cuidados do cirurgião plástico, do fisioterapeuta, da psicóloga, da nutricionista e da assistente social, e está se mostrando compreensiva durante as visitas dos familiares.  



 

“Ele chegou com 12% do corpo queimado, apresentando queimaduras de segundo grau. Estamos aplicando uma abordagem multidisciplinar, onde a força de cada área de conhecimento tem importante contribuição na recuperação dele. Também ficamos muito sensibilizados com a tragédia que abateu a família, porém gratos porque sabemos que poderia ter sido muito pior”, acrescentou a enfermeira do CTQ.

 

Na troca do gás de cozinha, os especialistas recomendam que é importante verificar se há vazamento com a presença do representante da distribuidora. Caso alguma anormalidade aconteça, o melhor é solicitar a troca do botijão. Porém, se o vazamento ocorrer em outro momento, entre os maiores riscos estão a explosão, a asfixia e a intoxicação. Então, o recomendável é só tentar fechar o registro se a situação permitir com segurança.

 

“É importante eliminar toda possibilidade de explosão, como desligar a chave geral da eletricidade, abrir portas e janelas e sair de perto da residência. Se a explosão acontecer e iniciar o incêndio, deixe para o Corpo de Bombeiros a missão de controlar as chamas. Em caso de queimaduras, jamais busque alternativas caseiras. O melhor é expor o local com água fria corrente em abundância, por pelo menos dez minutos, e buscar atendimento médico especializado, assim evitamos o risco de infecções e as lesões recebem a devida atenção para melhorar o processo de cicatrização e diminuir eventuais sequelas”, pontuou o diretor-geral, Fernando Melro.