27/04/2023 17:12 | Tecnologia e InovaçãoEducação

Fapeal assume o projeto Redes Comunitárias de Educação e Pesquisa

Nova administração visa minimizar os custos da expansão de conectividade para as instituições parceiras na região metropolitana de Maceió


Naísia Xavier / Ascom Fapeal


Tárcila Cabral / Ascom Fapeal

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal) avança na estruturação da conectividade metropolitana e assume o projeto Redes Comunitárias de Educação e Pesquisa (Redecomepe). O programa é possibilitado por meio do Ponto de Presença em Alagoas (PoP/AL) da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), que no estado é abrigado na Fapeal.


A finalidade desta execução é implantar estruturas de internet de alta velocidade na capital alagoana, especialmente nos campi universitários. Segundo o assessor executivo de Gestão Interna da Fapeal e coordenador administrativo do PoP/AL, Georginei Neri, a Redecomepe é uma iniciativa da RNP que surgiu para minimizar os custos da própria rede nacional. A instituição fornecia internet para as universidades, mas para conseguir a conexão entre um PoP e um campus – uma demanda dos estabelecimentos de ensino – a única possibilidade encontrada, muitas vezes, era alugar as fibras das operadoras locais.


Para resolver o problema, a RNP decidiu estimular parceiros nas capitais, para que juntos criassem uma plataforma própria de fibra óptica. A ideia visa atender tanto às necessidades da instituição fomentadora de internet, quanto às necessidades dos parceiros. “Hoje, o grande desafio é fazer com que essa rede se amplie, e que o Estado se torne uma das principais instituições parceiras. A finalidade para trazer a gestão para dentro do PoP/AL é porque a gente vai tentar captar mais instituições públicas. Afinal, desta forma fica mais eficiente para a Fapeal contribuir, sendo também parte do Governo de Alagoas”, frisou o assessor executivo.


A proposta de gerenciamento da Redecomepe foi direcionada à equipe do PoP/AL e da Fapeal pelos próximos quatro anos.“Comumente nos outros estados é assim: a partir da entrega da rede forma-se um comitê e todas as instituições que utilizam as fibras da rede contribuem com a manutenção dela. Ou seja, elas contribuem financeiramente para que a rede se mantenha e com a contratação de empresas que vão dar a manutenção”, abordou o coordenador técnico.


Esta é a visão do PoP/AL: primeiramente promover a institucionalização da rede, possibilitar com que ela crie uma identidade e depois atrair novos parceiros, públicos e também privados, sem perder o foco nas instituições de ensino, para que a Redecomepe se torne sustentável. Além disso, o gestor aborda que já vem sendo elaborado um modelo de gestão, observando alguns modelos no Brasil que, hoje, são exitosos, e apreendendo quais serão os próximos passos.


Atualmente, na região metropolitana de Maceió, a linha de internet possui 19 quilômetros em fibra, mas já está sendo planejada para esse ano uma ampliação. Seguindo a visão otimista do gestor, é possível que sejam implementados, dentro dos próximos quatros de gestão, até 100 km de cabeamento na capital, ou mais.


Ações iniciais da Redecomepe

Georginei Neri explicou que foram já realizadas duas reuniões. A primeira de alinhamento para inserir novos clientes como a Secretaria de Estado da Ciência, da Tecnologia e da Inovação (Secti), a Universidade Estadual de Alagoas (Uneal) e a Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), e há a proposta de agregar também a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) ao projeto. E a segunda, se debruçou sobre a questão do repasse da tutela desta estrutura para a nova gestão.


Agora, o grupo gestor está programando uma agenda para esse primeiro semestre. A ideia é de que nos próximos oito meses a rede seja de fato inaugurada. O trabalho envolverá estruturar o modelo de gestão, uma identidade própria e captar novos clientes, ampliando a forma de compartilhamento de custos, mas também construindo um processo de mão de obra dentro da rede.