“Engolimos, sim, o doce sabor de sermos campões do mundo”, diz Márcio Canuto
Jornalista com décadas de experiência na crônica esportiva rememora a importância do Velho Lobo para o futebol brasileiro
Arquivo pessoal
Wellington Santos/ Agência Alagoas
Nos dias atuais com o advento das redes sociais, o célebre desabafo de Zagallo “Vocês vão ter que me engolir!”, logo após a conquista da Copa América de 1997, sobre a anfitriã Bolívia por 3 a 1, certamente muitos diriam que o Velho Lobo “lacrou” ou “viralizou”, isso sem contar os incontáveis memes que seriam produzidos, dada a criatividade e o senso de bom humor dos brasileiros.
O ex-técnico da seleção estava ali, sob o ar rarefeito da temida altitude boliviana, ecoando a pleno pulmões por canais de tv que cobriam a partida, o fim de toda pressão que Zagallo vinha sofrendo da imprensa à época e um recado a dois jornalistas em especial: “Estavam fazendo uma onda muito grande para colocar o {Vanderlei} Luxemburgo no meu lugar, e partiu do [Juca] Kfouri e do Juarez Soares, e eu não podia falar nada, tinha que esperar acontecer, e aconteceu: o título veio, e aí eu dei uma explosão. Foi uma resposta indireta para eles”, explicou Zagallo.
Escalado a colaborar com esta reportagem especial da Agência Alagoas em homenagem a Zagallo e relembrando do épico desabafo do Lobo, o renomado jornalista Márcio Canuto ressalta toda sua admiração pelo maior campeão do planeta. “Zagallo está ligado à minha vida desde menino, na Praça Sinimbu. Era onde eu morava e meu padrinho também. Luizito Zagallo falava com orgulho do sobrinho, que se destacava no Botafogo, depois de brilhar no América do Rio (1948) e Flamengo (1950). Assim, fui acompanhando, com vaidosos comentários familiares, a trajetória do jogador que sempre destacava sua origem alagoana”, diz Canuto, ao destacar:
“E, como seus conterrâneos, ele sempre foi guerreiro, combativo, determinado, na luta incansável pelo triunfo, pela conquista. Aí, foi uma atrás da outra. Nos clubes e, historicamente, na seleção. Acrescente a isto uma vida correta, um atleta exemplar, um técnico obstinado, um pai dedicado, um cidadão impecável”, elogia o jornalista, ao arrematar: “Nos momentos de tormenta, ele repetia, enfático: ‘vocês vão ter que me engolir’. Me recusei a engolir. Preferi saborear a doce alegria de ser várias vezes campeão do mundo. Títulos conquistados com a receita concebida por Zagallo. Mestre Zagallo não foi. Ficou aqui seu legado, sua história, sua glória. Para sempre!”
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