Emater celebra 11 anos de sua recriação pelo Governo de Alagoas
Instituto oferece assistência técnica e extensão rural e beneficia a mais de 35 mil produtores e atende mais de 80% dos municípios alagoanos
Emater foi recriada em 1º de dezembro de 2011 e atende mais de 175 mil atendimentos por ano
Ascom Emater
João Arthur Sampaio / Ascom Emater
O
Instituto de Inovação para o Desenvolvimento Rural Sustentável (Emater)
celebra, nesta quinta-feira (1), 11 anos de sua recriação pelo Governo de
Alagoas, com o intuito de ampliar as ações de assistência técnica e extensão
rural no estado.
Atualmente, a Emater conta com 74 extensionistas, entre zootecnistas, engenheiros agrônomos, médicos veterinários, assistentes sociais e técnicos agrícolas ou agropecuários. Ao todo, 35 mil produtores são atendidos e 5.040 assistidos pelo órgão em mais de 80% dos municípios alagoanos.
Recriada em 1º de dezembro de 2011, pelo governo estadual, a Emater realiza, em média, mais de 175 mil atendimentos por ano, fazendo-se presente em todas as regiões de Alagoas, com escritórios no Agreste, Sertão, Baixo São Francisco, Litoral Norte, Zona da Mata e na Região Metropolitana.
Esse público abrange cerca de 100 organizações sociais atendidas, entre agricultores familiares, assentados da reforma agrária, quilombolas, indígenas e mulheres produtoras, além de cooperativas.
Seja com o Programa Alimenta Brasil (PAB), antigo PAA, com o Projeto Dom Helder Câmara ou o de Fomento às Atividades Produtivas Rurais, a Emater se faz presente na vida do agricultor familiar alagoano, sempre buscando reduzir a pobreza por meio do desenvolvimento rural sustentável.
Extensionista há quase 30 anos, o presidente Moisés Leandro da Silva ressaltou a importância do compromisso selado com os produtores alagoanos, que dependem dos serviços de ATER, afirmando que o serviço público de qualidade é a marca da Emater.
“O desenvolvimento, vocacionado a partir das potencialidades do Estado, passa necessariamente pelo fortalecimento dinamizado a cada dia pelo conhecimento técnico e pela inovação tecnológica. Assim, superamos os desafios que envolvem os homens e mulheres, representantes dos 89 mil estabelecimentos de agricultores familiares em Alagoas, para colocar no mercado produtos de alto padrão com oferta constante e a preços acessíveis”, pontuou.
Para a superintendente de ATER, Rita de Cássia, a tarefa diária de levar os serviços ao campo passa pelos três princípios básicos que norteiam a política nacional da área: qualidade, quantidade e continuidade. “Com isso, fazemos com que os produtores acessem as políticas públicas voltadas para ele, como o PAB, o Crédito Rural orientado e, hoje, o Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF), que serve como porta de entrada para o recebimento de recursos de todos os programas”.
Melhoria de renda e na qualidade de vida
Ao longo da última década, a assistência fornecida pela Emater possibilitou que vários pequenos produtores tivessem aumento na renda familiar, fazendo com que subissem a um patamar antes apenas imaginado, mas que se tornou realidade. “Quando o agricultor tem o acesso aos projetos do governo, ele tem melhoria de renda e da qualidade de vida”, sintetizou Rita.
Para citar um desses exemplos, temos o pescador artesanal, o quilombola Cícero Moreira, ou, como prefere ser chamado, “Gôbeu”. Casado e com seis filhos, a renda dele se baseava no dinheiro que recebia do Bolsa Família e da captura de camarão no Rio São Francisco.
Gôbeu morava em uma casa de taipa no Povoado Cruz, em Delmiro Gouveia, e, em 2017, começou a receber assistência da Emater. Antes, tinha um faturamento mensal de R$ 200. Mas por meio do programa Fomento Semiárido, conseguiu investir na exploração do camarão, triplicando o potencial de captura e ampliando a comercialização.
O resultado não poderia ser outro, a renda familiar cresceu 500%, chegando a um valor mensal de R$ 1.200. O aumento dos lucros possibilitou que a família construísse uma casa de alvenaria, que trouxe mais conforto e segurança que a residência anterior.
“Antes, nós não tínhamos muita expectativa de mudança, a pesca era muito pouca e vivíamos em uma situação difícil. Hoje, a vida melhorou demais, sempre temos o que pescar, o que comer e podemos honrar nossas contas. Nossa casa nos deixa protegidos contra insetos e bichos e podemos dormir sossegados e confortáveis”, relatou.
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