Por meio de uma parceria com a Universidade Federal de Alagoas (Ufal), o Instituto de Inovação para o Desenvolvimento Rural Sustentável de Alagoas (Emater) iniciou, nesta sexta-feira (3), uma capacitação de equipe técnica na identificação e manejo das principais pragas e doenças das frutíferas.

Cada um dos quatro módulos do curso estuda uma fruta diferente, sendo elas banana, maracujá, laranja e abacaxi, contando com duas etapas por cultura, sendo uma teórica, que acontece sempre no Campus de Engenharia e Ciências Agrárias (CECA) da Ufal; e outra com a prática no campo, que ocorrerá em um município que tenha o cultivo da frutífera em questão.

O público-alvo são os próprios técnicos da Emater, que estão lotados nos municípios das regionais Grande Mata Alagoana, Baixo São Francisco, Agreste I e II. O objetivo é aperfeiçoar os conhecimentos sobre identificação, diagnóstico e manejo das pragas e doenças que atingem essas culturas, que são: Musa paradisíaca (banana); Passiflora edulis (maracujá); Citrus spp. (laranja); Ananas comosus (abacaxi).

“Um dos principais problemas, que dificulta o incremento da produtividade, está relacionado à identificação precisa e ao controle efetivo de pragas e doenças das culturas. E nós, como corpo técnico operacional das ciências agrárias, realizamos visitas de acompanhamento e orientação para que os agricultores familiares consigam melhorar o processo produtivo e, consequentemente, a produção”, ressaltou o presidente interino da Emater, Moisés Leandro.

Nesta sexta-feira, foi realizada a parte teórica da cultura da banana. Os módulos terão 16h de carga horária, sendo 8h para teoria e 8h para prática. A prática está programada para a próxima sexta-feira (10), em União dos Palmares. No dia 24, acontecerá o curso do maracujá, com a atividade prática prevista para o dia 1º de julho, ainda com local a definir.

A capacitação continua no dia 29 de julho com a parte teórica da laranja, e a prática no dia 5 de agosto, em Santana do Mundaú. Por último, será a cultura do abacaxi, com etapa teórica no dia 26 de agosto e a prática no dia 2 de setembro, em São Luís do Quitunde.

Além do manejo das principais pragas e dos métodos de controle, o curso também vai abordar temas como:

1. Histórico e importância socioeconômica de cada cultura; 

2. Principais doenças;

2.1. Sintomatologia – Sintomas e sinais observados no campo, característicos das principais doenças (quando possível, como diferenciar os sintomas de deficiência nutricional com a incidência de doenças);

2.2. Ciclo das relações Patógeno-Hospedeiro;

3 – Principais pragas;

3.1 – Sintomas e sinais observados no campo, característicos do ataque de pragas (lagartas, formigas, gafanhotos, tripes, afídeos, etc) – Forma de ataque;

3.2. Ciclo de vida das principais pragas; 4. Manejo Integrado de Pragas e Doenças;

4.1 – Monitoramento e tomada de decisão (Nível de equilíbrio; Nível de ação; Nível de dano econômico);

4.2 – Principais métodos de controle das principais pragas e doenças;

5. Postulados de Kock (sugestão para aula laboratorial);

6. Identificação a nível de gênero – Microscopia (sugestão para aula laboratorial); 

7. Testes rápidos – Bacteriologia (sugestão para aula laboratorial); 

8. Identificação de sintomas no campo (sugestão para aula prática);

9. Preparo de calda e forma de aplicação (sugestão para aula prática); 

10. Confecção e instalação de armadilhas (sugestão para aula prática).