Trezentos e cinquenta mil estudantes de Alagoas de 840 unidades de ensino das redes pública e privada participaram, nesta terça-feira (7), da primeira fase das provas da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP). Em todo o Brasil, mais de 18 milhões de alunos de 54 mil escolas se fizeram presentes nas provas da competição, cujo intuito é estimular o estudo da matemática, descobrir talentos da área e promover a inclusão social por meio da concessão de bolsas de iniciação científica aos medalhistas.

Promovida pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) em parceria com a Sociedade Brasileira de Matemática (SBM), ministérios da Educação (MEC) e da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), a OBMEP também conta com o apoio de secretarias municipais e estaduais de Educação. Em Alagoas, a competição é coordenada pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e conta com o apoio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), secretarias municipais de Educação (Semeds) e Instituto Federal de Alagoas (Ifal).  

No estado, a olimpíada teve adesão dos 102 municípios alagoanos. Das 840 escolas participantes, 494 são das redes municipais, 278 da rede estadual, 72 da rede privada e 16 são campi do Ifal. As unidades terão até o dia 20 para o envio dos cartões-resposta. Os classificados para a segunda fase serão divulgados em 2 de agosto e as provas ocorrem em 8 de outubro.

“A OBMEP é um evento no qual Alagoas tem se destacado cada vez mais. Além de contribuir para o fortalecimento do ensino da matemática em nossas escolas, a olimpíada também fomenta a iniciação científica e a inclusão social ao conceder bolsas de estudo aos alunos medalhistas. Por isso, é muito importante que nossas escolas estimulem todos os seus alunos a participarem das provas”, ressalta a secretária de Estado da Educação, Roseane Vasconcelos.

ENGAJAMENTO

O coordenador da OBMEP em Alagoas, Professor Adelailson Peixoto, do Instituto de Matemática da Ufal, fala das suas expectativas em relação à edição 2022 da olimpíada. “Apesar de estarmos vivendo um momento delicado em função das chuvas no Nordeste, acredito que teremos bons resultados, pois temos um trabalho constante de formação em parceria com as Gerências Regionais de Educação e temos dado toda a assistência possível aos professores no sentido de aprimorar a base matemática. Tanto que percebemos um engajamento cada vez maior dos docentes”, observa.

O superintendente de Políticas Educacionais da Seduc, Ricardo Lisboa, lembra que a OBMEP não só descobre talentos, mas cumpre um importante papel formativo tanto de alunos como de professores. “Por permitir a abordagem da matemática em vários contextos, ela possibilita aos professores inovar em sua metodologia. Além disso, neste ano em que buscamos reverter as perdas de quase dois anos de pandemia, ela se soma às ações de fortalecimento do ensino existentes em nossa rede, a exemplo do Professor Mentor e dos programas de recomposição de aprendizagem”, pontua Ricardo.

EDIÇÃO 2021

Na edição 2021, Alagoas teve o melhor desempenho da sua história na olimpíada: foram 108 medalhas – 6 ouros, 22 pratas e 80 bronzes – e 837 Menções Honrosas conquistadas por alunos de escolas municipais, estaduais, federais e particulares. Pela rede estadual de ensino, foram 23 medalhas – 2 ouros, 2 pratas e 19 bronzes – e 266 Menções Honrosas conquistadas em 2021.

Esta foi a maior premiação já registrada pelo estado nas dezesseis edições da competição. Além disso, Alagoas, pela primeira vez, obteve 6 ouros, dentre os quais, o da primeira estudante do sexo feminino a ter a premiação máxima da OBMEP – Gabriela Souza, pela Escola Estadual Almeida Cavalcanti, de Palmeira dos Índios – e do primeiro bimedalhista de ouro da rede  estadual – João Vitor Silva dos Santos, pela Escola Estadual Padre Cabral, de Maceió.

Com informações do IMPA*

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