06/01/2024 11:51 | InstitucionalEsporteComunicação

Alfredo Zagallo revela curiosidades do primo famoso

Família sempre teve relação de paixão com o futebol, tanto que esteve entre os fundadores do CRB



Wellington Santos/ Agência Alagoas

Apesar da tristeza pela partida do primo famoso, Alfredo dos Santos Zagallo, 73 anos, um fiscal de tributos aposentado, que tem residência fixa em Tocantins, conversou com a Agência Alagoas para falar um pouco de Zagallo. Foi na aprazível Paripueira, que o primo em terceiro grau de Zagallo se mostrou daquelas figuras que, nas primeiras palavras, já deixa o interlocutor à vontade e o papo flui fácil. E aí, tome boas histórias. 


Alfredo revelou, inclusive, que uma das mais conhecidas superstições de Zagallo — a adoção (ou fixação) pelo número 13 —, já era coisa de família e que o depois já famoso primo adotou como número da sorte ao longo da vitoriosa carreira. “A nossa família sempre teve algo com o danado desse número, uns gostavam, como a minha mãe, mas outros não gostavam. O Zagallo foi o que mais encarnou e para ele era um número de sorte”, disse Alfredo.  



Outra boa história contada por Alfredo remonta ao ano de 1959, quando ele tinha apenas 9 anos de idade. O primo famoso veio a Alagoas como jogador do Botafogo fazer um amistoso contra a Seleção Alagoana, no velho campo do Mutange, antes de propriedade do time do CSA, no bairro homônimo.


“Era carnaval de 59 e chamaram a gente, os amigos, todos garotos ainda,  para nos vestirmos trajados com uniforme de seleção brasileira e homenagear o Botafogo, mas, principalmente, o meu primo Zagallo. Foi quando eu conheci o Garricha, o Didi, o Vavá e o Nilton Santos, todos campeões de 1958, na Copa da Suécia”, conta Alfredo, ao mostrar a foto dele e os colegas trajados com o uniforme que ainda trazia no escudo a velha sigla CBD, que significava à época Confederação Brasileira de Futebol.   


RAÍZES REGATIANAS

Não à toa, Mário Jorge Lobo Zagallo teve ótimos motivos para enveredar no mundo da bola. Trazia no DNA essa paixão. Ainda no começo do século passado, um dos membros da família, Alexandre Nobre, foi um dos fundadores daquele que viria a ser um ano depois o Clube de Regatas Brasil, o CRB, um dos maiores símbolos de Alagoas.

Mas em 1911, um ano antes, fundou-se em Maceió, o Clube Alagoano de Regatas. Sua sede ficava situada na Rua do Comércio, 138. Apesar do nome, não havia remadores nem baleeiros na nova agremiação. A mensalidade era de quinhentos mil réis e gerava pouca receita. Entre os seus fundadores estavam os jovens Lafaiete Pacheco, Antônio Bessa, Celso Coelho e Alexandre Nobre. O primeiro procurou junto aos companheiros um aumento nas mensalidades, mas a ideia não foi aceita pela maioria. Isso serviria para mais para frente abrir portas para criação do CRB.


“Nossa família teve realmente toda uma ligação com o futebol, desde os primórdios. Meu bisavô foi um dos fundadores, o Alexandre Porciúncula Nobre. E meu avô, pai do Zagallo, o Haroldo, jogou no CRB nos primeiros elencos do time de futebol”, confirmou Alfredo.