06/09/2023 16:30 | Justiça e Controle InternoSegurançaDireitos Humanos

Alagoas tem primeira unidade socioeducativa do Brasil exclusiva para dependentes químicos

A iniciativa pioneira é fruto da gestão Paulo Dantas e visa aperfeiçoar o atendimento a adolescentes e jovens em conflito com a lei


Estrutura oferece atendimento especializado, principalmente para casos críticos de abstinência causada pelo uso de drogas

Vitor Beltrão / Ascom Seprev


Everton Dimoni / Ascom Seprev

A Secretaria de Estado de Prevenção à Violência (Seprev) conta com a primeira unidade socioeducativa do Brasil exclusiva para dependentes químicos. A iniciativa pioneira atende a uma recomendação do Ministério Público do Estado (MPAL) e visa aperfeiçoar este serviço oferecido pelo Estado.

 

A unidade funciona como porta de entrada para adolescentes que ingressam no sistema socioeducativo portando algum tipo de vício ligado às drogas. A estrutura oferece atendimento especializado, principalmente para casos críticos de abstinência.

 

“Muitos jovens que chegam ao sistema socioeducativo trazem alguns vícios, como álcool e outras drogas. É uma condição difícil de ser superada sozinho, sobretudo nos primeiros dias. O intuito dessa unidade é acolher esses adolescentes, ajudá-los a superar a condição de abstinência e ressignificar sua jornada para que ele possa ser reinserido na sociedade após o cumprimento da medida”, explica o superintendente de Medidas Socioeducativas da Seprev, Otávio Rego.

 



Localizada dentro do Complexo Socioeducativo de Maceió, no bairro do Tabuleiro do Martins, a unidade conta com uma estrutura diferenciada, sem trancas ou grades, e oferece ao recém-acolhido um atendimento humanizado, atenção à saúde física e mental, atividades terapêuticas, amplo convívio social, entre outros recursos.

 

“É uma unidade modelo, onde cada caso é avaliado e tratado individualmente. Aqui o adolescente é acompanhado por uma equipe multiprofissional da Unidade Básica de Saúde que funciona dentro do Complexo Socioeducativo, trazendo um olhar humanizado e propostas específicas de intervenção que o ajudem a superar o quadro de dependência até que ele possa ser transferido para uma unidade padrão”, completa Otávio Rego.


A promotora de Justiça Marília Cerqueira enfatiza que a unidade de acolhimento possui as especificidades no atendimento socioeducativo que não podem ser ignoradas.

 

“Há um sofrimento na condição de dependente químico que precisa ser acolhido. Pensando nisso, a Seprev se uniu ao Ministério Público para a implantação de uma unidade de atendimento aos jovens que foram sentenciados e tem essa característica específica de dependência química. É um recurso muito importante, haja vista a existência de demanda nesse sentido”, disse a promotora.