Alagoas é o primeiro Estado do país a criar uma rede de cuidados de AVC
Com o programa "AVC dá Sinais", quatro hospitais já estão aptos para o atendimento e a meta do Governo é chegar a dez unidades especializadas até novembro; utilização de aplicativo com tecnologia japonesa agiliza conduta médica
Felipe Brasil
Kelly Cordeiro
Identificar e tratar adequadamente os casos de Acidente Vascular Cerebral (AVC) são os objetivos do programa lançado nesta segunda-feira (23), pelo Governo de Alagoas, no Hospital Metropolitano, em Maceió. Com o "AVC dá Sinais", os alagoanos passarão a contar, de imediato, com quatro hospitais especializados e, até novembro, com dez unidades preparadas para atender os casos da doença, que é a segunda maior causa de mortes no Brasil, segundo o Ministério da Saúde (MS). A iniciativa é pioneira em todo o país tornando Alagoas o primeiro Estado a dispor de uma rede de cuidados específica para o problema.
Só no ano passado foram identificados 2.370 casos no Hospital Geral do Estado (HGE), que até então era a única unidade hospitalar de Alagoas a tratar esses pacientes. Agora, os hospitais Metropolitano, Regional da Mata, em União dos Palmares, e Hospital de Emergência do Agreste, em Arapiraca, também são referência na assistência aos acometidos por AVC. Além disso, as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) estão capacitados para receber os pacientes como porta de entrada. Segundo o governador Renan Filho, a intenção é possibilitar o acesso de todos os alagoanos ao tratamento, com qualidade e agilidade.
"Antes do nosso governo não existia tratamento de AVC na rede pública de Alagoas e nós implantamos no HGE, salvando muitas vidas. Agora estamos ampliando a capilaridade do sistema, numa rede 100% conectada para que o cidadão seja atendido na hora da ocorrência. Esse é um programa inovador no Estado e que utiliza nossa nova rede de hospitais", disse o governador.
Para dar início ao programa "AVC dá Sinais" os hospitais de referência foram equipados com tomógrafos e os profissionais foram capacitados para identificar os primeiros sinais e tratar os pacientes com a maior rapidez possível. Isso porque o tempo é fundamental para tratar a doença. Quanto mais rápida a identificação do AVC e a intervenção correta da equipe médica, maiores são as chances de evitar sequelas e óbitos.
Para potencializar a assistência, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), por meio de cooperação com empresa japonesa, vai utilizar o aplicativo Join de telemedicina, para agilizar a conduta médica e a transferência do paciente para o hospital de referência mais próximo. O embaixador do Japão no Brasil, Akira Yamada, e a presidente da World Stroke Organization (Organização Mundial do AVC), Sheila Ouriques, participaram da solenidade de lançamento do programa por videoconferência.
O secretário de Estado da Saúde, Alexandre Ayres, detalhou o fluxo de atendimento dos casos a partir de agora. "O que muda é que o acesso ao serviço vai ser mais ágil. Tanto nas UPAs quanto no SAMU o paciente será recebido, atendido adequadamente e encaminhado, por meio do aplicativo, para a unidade de referência mais próxima. Nossos médicos clínicos foram capacitados e estarão conectados com os neurologistas para que tenhamos um diagnóstico imediato. Inclusive o Estado adquiriu seis tomógrafos e a medicação indispensável ao tratamento, que, se aplicada em até quatro horas, pode evitar sequelas e mortes por AVC", explicou.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o AVC é uma das cinco principais doenças no mundo responsáveis por incapacidade. No país, são mais de 100 mil óbitos por ano em decorrência do problema. Por isso, o combate ao AVC é essencial para o aumento da expectativa e da qualidade de vida, como explica o coordenador da linha de cuidados em Alagoas, Matheus Pires. "É uma doença prevenível e os principais fatores de risco são o tabagismo, hipertensão, diabetes, sedentarismo, entre outros. Então se a população controlar essas doenças certamente teremos uma redução no número de AVC. O programa vem contribuir nesse sentido, não apenas proporcionando o tratamento no tempo correto, mas também atuando na orientação para prevenção da doença".
Fique atento aos sintomas do AVC
- Alteração da fala e do movimento dos membros
- Tontura
- Dor de cabeça repentina
- Náuseas, vômitos
- Rebaixamento do nível de consciência e sonolência
- Dormência nos braços e pernas
- Boca torta ao falar ou sorrir
Caso sejam identificados esses sintomas, o Samu (192) deve ser acionado imediatamente ou paciente pode se dirigir a uma UPA ou a um dos quatro hospitais de referência, considerados como porta de entrada.
Editorias
Acervo Ailton CruzAcervo José Ronaldo
Acervos especiais
Agricultura
Alagoas Contra Fake
Alagoas Sem Fome
Assistência Social
Capacitação
Cidadania
Comunicação
Concursos
Cotidiano
Covid-19
Criança e Adolescente
Cultura
Defesa Civil
Desenvolvimento Econômico
Desenvolvimento Humano
Desenvolvimento Social
Direitos Humanos
Editais e vagas
Educação
Emprego
Especial
Esporte
Gestão e Finanças
Governo de Alagoas
Governo Trabalhando
Homenagens
Inclusão Social
Infraestrutura
Institucional
Justiça e Controle Interno
Meio Ambiente
Mulher
Nota Fiscal Cidadã
Órgãos colegiados
Personalidades
Planejamento e Gestão
Primeira Infância
Relações Internacionais
Saúde
Secretários
Segurança
Serviços
Servidores
Tecnologia e Inovação
Trânsito
Transporte
Turismo
Utilidade Pública
Vice-Governadoria