Alagoas tem sido destaque nacional pelo trabalho em prol do combate à violência. Estudo do Instituto Sou da Paz, divulgado na quarta-feira (03), durante o seminário “Gestão para resultados na segurança pública”, realizado pelo Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), em São Paulo, evidenciou as ações desenvolvidas pela Secretaria de Estado da Segurança Pública para garantir ainda mais tranquilidade ao povo alagoano.

De acordo com o levantamento feito pela organização não governamental, Alagoas e outros 10 estados brasileiros adotam metas e objetivos para a área de segurança pública e agora veem avanços em indicadores criminais. O programa alagoano que ganhou ênfase foi a instauração permanente da Mesa de Situação, que é uma reunião periódica entre gestores das forças de segurança para avaliação dos indicadores criminais e deliberação de intervenções fundamentais.

Ainda segundo o estudo da ONG, Alagoas “tem no repertório outros exemplos relevantes a serem citados no contexto histórico do gerenciamento da segurança pública alagoana, a exemplo da primeira implementação de um Plano Estadual de Segurança Pública, a criação do Conselho Estadual de Segurança Pública, órgão deliberativo colegiado, direcionado à dinamização, controle e normatização da gestão da segurança pública do Estado; e, em sequência, a instituição de uma série de programas de enfrentamento à criminalidade, como o ‘Alagoas Tem Pressa’ e o ‘Programa Gestão por Desempenho’”.

No evento, a Governo foi representado pela major Joyce Bezerra, chefe de Ensino Integrado da SSP/AL. De acordo com a oficial, Alagoas é um dos mais antigos estados que participa dessa modalidade de política de gestão por resultados. “Participamos da construção do II Balanço das Políticas de Gestão, apresentamos algumas das boas práticas nesse sentido e a gente percebe que nós não estamos devendo nada a ninguém, em termos de Brasil e das principais políticas que têm sido desenvolvidas nos outros estados com uso de indicadores como CVP e CVLI”, afirmou ela.

O relatório atualiza o conhecimento sobre o status das diferentes políticas nos estados de Alagoas, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Minas Gerais Pará, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo e procura responder às perguntas: Quais foram as políticas públicas aplicadas na área de segurança que trouxeram resultados positivos nesses estados? Elas avançaram ou sofreram retrocessos nos últimos anos, em especial na última gestão entre 2019 e 2022? Outros estados passaram a implementá-las?

Por fim, o estudo apresenta proposições que possam ser úteis para gestores que queiram desenvolver programas implementados por eles ou para aqueles que buscam aprimorar as que já estejam em curso.

Para selecionar os estados, o estudo avaliou critérios como o estabelecimento de indicadores e metas em segurança, definição de estratégias de engajamento ou bonificação dos profissionais, acompanhamento dos índices criminais, entre outros. Dezesseis estados possuem algum tipo de metodologia de gestão, mas alguns enviaram informações incompletas e foram desconsiderados no projeto.