29/12/2022 18:03 | InstitucionalEsporte

1995 e 2010: ativismo, solidariedade e hall da fama

Pelé retornaria mais duas vezes: para lutar contra o racismo e para ser solidário na tragédia causada pelas chuvas



Wellington Santos/ Secom

Mas o Rei do Futebol pisaria o solo alagoano mais uma vez. Na sua quarta e última passagem nas Alagoas, era 25 de junho de 2010, e após fazer um sobrevoo com o então governador Teotônio Vilela para ver os estragos provocados pelas enchentes que deixaram rastro de mortes e 70 mil desabrigados naquele ano no Estado, Pelé desembarcou de helicóptero para reinaugurar as melhorias no estádio que leva seu nome.


Entrou pela lateral de acesso aos novos vestiários que estavam sendo inaugurados no Estádio Rei Pelé naquele dia. Depois de circular pelo novo equipamento, Pelé, muito solícito, concedeu uma tumultuada e disputada entrevista onde todos buscavam uma frase ou uma foto com o Rei. Depois, subiu o túnel de acesso ao gramado. No centro do gramado, com a bola na marca de saída, Pelé ainda bateu bola, acenou e sorriu para fotos.


A partida de reinauguração foi entre CSA e CRB, e o rei cumprimentou um por um cada jogador daquele duelo, além de dar o pontapé inicial da partida. Pelé ainda deixou a marca dos seus pés no Hall da Fama do Museu dos Esportes. A visita deixaria fotos e recordações para todos que já reconheciam tamanha realeza.


RÁPIDA PASSAGEM
Pelé teve uma passagem relâmpago em ato político de ativismo na luta contra o racismo. O Rei do Futebol pisaria o solo alagoano mais uma vez, mas essa quase ninguém se recorda, nem a mídia deu o destaque merecido sendo que essa foi a única ação engajada de Pelé num evento de afirmação racial em terras alagoanas, quando compareceu ao Tricentenário de Zumbi, no dia 20 de novembro de 1995, em União dos Palmares. Pelé era ministro dos Esportes no então governo de Fernando Henrique Cardoso e sua passagem por União dos Palmares foi muito rápida, de apenas um dia, acompanhando a comitiva presidencial.